A Psicologia e os animais de estimação



PSICOLOGIA E OS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Tomar conta de quem você ama inclui tomar conta de seu animal de estimação, porém, um novo estudo mostrou que os animais de estimação retribuem este "favor".
De fato, a relação de um homem com o seu cachorro, por exemplo, pode trazer ao homem saúde física e mental. Os donos dos animais podem ter benefícios específicos, como manter a pressão sanguínea e o colesterol baixos, segundo estudo da University of New England, na Austrália.
O estudo mostrou também que donos de animais têm menos chances de ter problemas psiquiátricos em relação àqueles que não têm, e hipertensos que adquiriram um animal de estimação, mostraram melhoras consideráveis após o período de seis meses.
A maioria dos pais já presenciou seu filho pedindo insistentemente um animal de estimação. Quando isso ocorre, muitos se sentem confusos e inseguros sobre receber ou não um bichinho dentro de casa, já que ele exige cuidados e responsabilidade.
Cachorros, gatos e peixinhos são desejos que povoam o imaginário de grande parte das crianças. A boa notícia é que esses bichinhos podem auxiliar no desenvolvimento emocional delas.
O contato com animais pode ser uma forma de a criança aprender e exercitar elementos importantes para seu amadurecimento, como o afeto, o cuidado, o respeito e a dedicação. As responsabilidades e as exigências desses pequenos animais mostram às crianças que outros seres vivos precisam desses elementos para sobreviver. Esse aprendizado acaba sendo generalizado para os contatos de grupo e para os aspectos relacionados a si mesmo, um processo importante para o desenvolvimento da sociabilidade e da auto-estima.
Conforme a criança amadurece, ela passa a ampliar sua percepção do mundo, anteriormente voltada para si mesma e seus pais. Nesse momento, é importante que ela exercite sua capacidade de se relacionar com os outros seres, desenvolvendo as noções de respeito e dedicação, tão importantes para a convivência social.
Da mesma forma, o contato com esses animais possibilita que a criança aprenda sobre o ciclo da vida, as perdas, o nascer e o morrer e, assim, incorpore noções sobre sua própria natureza e sobre o mundo em que vive.
O desenvolvimento de condutas responsáveis por parte das crianças também pode ser estimulado por meio dessa relação com os animais. Os pais, por sua vez, desempenham um papel fundamental nesse processo, instruindo os filhos a exercerem os cuidados diários necessários à sobrevivência dos bichinhos, como, por exemplo, a alimentação regular e a higiene.
Seja qual for o animal escolhido, o segredo da boa convivência é ensinar às crianças, com muita paciência e clareza, essas "pequenas" responsabilidades, atentando ao fato de que estas não devem ser vistas apenas como obrigações, mas, muito mais, como parte do relacionamento entre a criança e seu animalzinho. Essa atitude possibilita que a criança desenvolva a noção de ética e respeito por aqueles que dependem dela, além de evitar os famosos tumultos familiares causados pela falta de responsabilidade das crianças em relação a esses bichinhos.
Assim, pais que vivenciam o conflito entre ter ou não um bichinho de estimação dentro de casa devem pensar que, quando a criança recebe a educação necessária sobre as próprias responsabilidades, esses animais podem se tornar excelentes companheiros e auxiliadores do desenvolvimento infantil.
Os estudos mais recentes têm demonstrado que existem vários benefícios dos animais de estimação no desenvolvimento psicológico, social e na qualidade de vida das pessoas. Verificaram-se níveis de solidão, depressão e ansiedade mais baixos em pessoas que possuíam animais de estimação.
Um dos problemas mais comuns nos dias de hoje é o stress. A interação com animais de estimação pode, de fato, contribuir para a redução dos níveis de stress, proporcionando um suporte emocional a muitas pessoas. Acrescenta-se, ainda, o papel de facilitadores sociais e de integração de crianças, idosos e pessoas portadoras de deficiência
Estes são apenas alguns resultados encontrados nas centenas de estudos que já foram realizados por psicólogos, psiquiatras e médicos. Contudo, é importante referir que estes benefícios surgem apenas em pessoas que gostam e estabelecem uma ligação emocional próxima com animais.
A solidão e o isolamento social são outros problemas que têm vindo a crescer na nossa sociedade. Basta pensar na quantidade de idosos que vivem sozinhos nas cidades do nosso país. Muitos deles possuem pouco ou nenhum suporte social. Um grande número tem um cão ou um gato. Os animais tornam-se fiéis companheiros, dando maior alegria e um sentido a uma existência que nem sempre é colorida.
Alguns estudos indicam que a qualidade de vida do idoso aumenta, assim como a sua longevidade. A inserção de animais de companhia em lares tem proporcionado oportunidades para os idosos conversarem, recordarem outros tempos, assim como para a sua estimulação sensorial.


Coluna No Divã -  assinada pela Dra. Marisa Martins - Psicóloga - CRP: 06/30413-0
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