Alergias e Pruridos Vulvovaginais



PRURIDO  VULVOVAGINAL
Prurido é coceira. Ocorre com frequência na vulva e na vagina devido à fragilidade da mucosa desses locais. A vagina tem um PH e uma secreção que são considerados normais ou, melhor dizendo, fisiológicos. Quaisquer alterações dessa flora normal pode levar à indesejável coceira nessa região. O prurido tem várias causas. Existe a alergia propriamente dita, quando essa mucosa responde com uma reação alérgica à algum agente externo como as camisinhas (látex), os sabonetes, o tecido da roupa íntima como lycra ou renda, etc... Até mesmo o papel higiênico pode provocar alergia na vulva. Sempre recomendamos que a mulher use sabonetes e shampoos neutros para a higiene íntima, papel higiênico branco e sem prefume, calcinhas de algodão. A depilação também pode causar alergia, tanto pela gilete como pela cera ou cremes depilatórios, portanto, é recomendável aparar os pelos pubianos com uma tesoura e somente realizar a depilação nas virilhas e nunca no intróito vaginal. As roupas íntimas podem ser lavadas com sabão e amaciante comuns desde que sejam enxaguadas completamente. Já os produtos muito abrasivos ,como a água sanitária, devem ser evitados por conservarem o cheiro, mesmo após o enxágue. Agentes microbiológicos como fungos, vírus, bactérias e parasitas também causam prurido vulvovaginal, mas não consideramos como alergias. O fungo mais comum é a "Candida albicans" que dá prurido e leucorréia branca. O vírus mais encontrado é o HPV que causa lesões verrucosas nessas regiões podendo resultar em prurido local. A bactéria mais comum causadora de leucorréia bolhosa com odor e prurido é a "Gardnerella vaginalis" e como parasita temos a "Tricomonas vaginalis". Algumas verminoses também causam pruridos vaginal ou anal. Doenças mais encontradas na senilidade são causas de coceira vulvar como as dermatoses, leucoplasias, vulvites crônicas, vaginites atróficas, psoríases, etc. Então, quando ocorre o sintoma: prurido vulvovaginal, primeiro pecisamos saber a causa (se é alergia, vírus, fungos, bactérias, doenças crônicas, etc) e diagnosticarmos para então submetermos a paciente a um tratamento adequado. Este, geralmente, é a base de cremes vaginais e medicamentos via oral e quase sempre, salvo em casos crônicos, têm boa resposta.


Coluna Saúde da Mulher - assinada pela  Dra. Elaine K. Vasconcelos - Ginecologista, Obstetra e Mastologista - CRM: 101324.
Imagem by Mari Martins



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