A Psicologia e as histórias infantis







A PSICOLOGIA E AS HISTÓRIAS INFANTIS

As histórias infantis além de distrair e desenvolver a criatividade, ativam mecanismos inconscientes relacionados a vida familiar, ao desenvolvimento das identidades sexuais e ao amor.
Quando contamos uma história, dificilmente nos damos conta que debaixo daquela roupagem ingênua, existe uma mensagem muito importante.
Os contos infantis ajudam as crianças a sonhar acordadas e a resolver os seus problemas através do imaginário, por isso mesmo é que existem fases em que uma determinada história é pedida insistentemente.
O tema da história que o seu filho pede, tem relação direta com algum problema que atualmente poderá estar a angustiá-lo.
Os contos infantis vivenciados durante a infância auxiliam as crianças a se desenvolverem em todos os sentidos. Contar histórias para uma criança é uma forma de demonstrar afeto, assim como segurá-la no colo.
Um ato simples como esse pode estimular o desenvolvimento psicológico, cultural e emocional. A criatividade também é estimulada, fazendo com que a criança desenvolva a imaginação e encare os medos.
Os contos infantis propiciam à criança uma forma lúdica de aprender Contribuindo na formação do ser humano, onde costumes e valores são passados.
O "era uma vez" dos clássicos contos infantis possibilita a identificação das crianças com os personagens, onde medos, angústias e conflitos podem ser trabalhados.
Algumas questões como o receio do abandono pelos pais, a insegurança e o medo de crescer, fazem parte do mundo interior dos pequenos e podem ser vistas como temas principais das histórias infantis.
Os livros de histórias para crianças pequenas, demonstram pelo conteúdo do material textual que apresentam, pelo tipo de linguagem que utilizam e por centrarem suas ações e interações em pessoas ou animais personificados, constituem fonte relevante de informações sobre estados internos, podendo ampliar as habilidades infantis no domínio da compreensão das intenções, desejos, crenças, emoções, conhecimento de si próprio e dos outros.
Nos anos 70, o austríaco Bruno Bettelheim emplacou a tese de que os contos que sobreviveram são aqueles que mais mexem com o inconsciente de narradores e ouvintes. Uma seleção natural favoreceu as histórias que reverberam na mente, que trazem nas entrelinhas questões emocionais, sexuais, familiares, universais. "No conto de fadas, o paciente encontra soluções analisando as partes da história que dizem respeito a seus conflitos", escreve em A Psicanálise dos Contos de Fadas.

Coluna No Divã - assinada pela Dra. Marisa Martins - Psicóloga - CRP: 06/30413-0
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