Mioma Uterino
Mioma uterino
O mioma costuma apavorar a maioria das mulheres. As pacientes acham que terão hemorragias, que precisarão operar e tirar o útero, etc. Mas, na maioria das vezes, o mioma não causa sintomas e não precisa ser operado. Esta patologia consiste num nódulo compacto que cresce em três regiões diferentes do útero, fora dele, na parte externa e é chamado de mioma subseroso, por dentro do útero (onde se implanta o feto) e então é chamado submucoso e entre as paredes interna e externa do útero e então recebe o nome de mioma intramural. Podem ter tamanhos tão pequenos que mal podem ser visualizados ao ultrassom ou podem ser gigantes, do tamanho de um bebê de seis meses ou até mais. Os miomas são formados por alterações hormonais e, portanto, são hormônio-dependentes. Eles dependem do estrogênio para crescer. Sendo assim, já podemos imaginar que mulheres com miomas não devem usar pílulas anticoncepcionais que contêm estrogênio e nem terapias de reposições hormonais com esta substância. Como têm relações com o hormônio estrogênio, os miomas crescem e se desenvolvem mais no período reprodutivo da mulher. Quando ocorre a menopausa e a mulher pára de menstruar, geralmente os miomas vão involuindo espontaneamente até que desaparecem na idade senil. Os miomas pequenos são diagnosticados com ultrassonografias pélvica ou transvaginal. Os maiores já podemos suspeitar com um simples exame de toque vaginal. Os miomas que não causam aumento significativo do volume uterino, nem sintomas de dor ou hemorragias não precisam ser operados. Aqueles grandes, mas que também não causam sintomas podem ser controlados clinicamente. Às vezes, mesmo os bem pequenos podem causar hemorragias de difícil controle clínico e, nesse caso, indicamos cirurgia. As cirurgias podem ser de retirada total do útero, com ou sem a preservação do colo uterino ou também podem ser realizadas miomectomias com preservação do útero. Isso vai depender do tamanho, da localização do mioma e da paridade da paciente (se já tem filhos ou ainda os deseja ter). Outros tratamentos já estão sendo realizados como, por exemplo, a embolização do mioma, que consiste em diminuí-lo através de uma técnica onde são bloqueados seus nutrientes e, sem os vasos sanguíneos, eles vão "secando". Quem vai regularmente ao ginecologista, muitas vezes, tem o diagnóstico do mioma sem apresentar sintomas. Quando a paciente já apresenta sintomatologia, geralmente são hemorragias, dores em região pélvica, dores às relações sexuais, anemias, menstruações abundantes e irregulares. Nos casos mais avançados pode ocorrer aumento de volume abdominal e compressão de órgãos visinhos como a bexiga e o intestino. A cirurgia histerectomia (retirada do útero) é de grande porte e deve ser indicada com bastante critério.
Coluna Saúde da Mulher - assinada pela Dra. Elaine K. Vaconcelos - Ginecologista, Obstetra e Mastologista - CRM: 101324
Imagem by Mari Martins
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