Auto-imagem




PSICOLOGIA E A AUTO-IMAGEM

A auto-imagem é a chave da personalidade e da conduta humana. Ela determina as fronteiras da capacidade individual. Define o que se deve e o que não se deve fazer.
O desenvolvimento de uma auto-imagem adequada e realista, sem pruridos fantasiosos, imbuirá o indivíduo de capacidades novas, de talentos até então obscurecidos, e transformará o que até então havia sido falha e erro.
A auto-imagem seria a visão que uma pessoa tem de si mesma, levando em conta experiências passadas, circunstâncias presentes e expectativas futuras.
Pode ser definida como a imagem ou figura que formamos do tamanho do nosso corpo em nosso psiquismo e nossas sensações, sentimentos e ações em relação ao tamanho e forma de nosso corpo e das suas partes constituintes. Seria uma imagem tridimensional que cada um tem de si próprio. Um "retrato mental" que a pessoa faz de si mesma, refletindo na relação dela com os demais e consigo própria e fundamentando sua adaptação.
A auto-imagem é adequada quando, segundo consenso, existe adequação ou coerência entre o observado objetivamente e a visão que a pessoa tem dele, isto é, do grau de realidade de sua auto-percepção. A pessoa reconhece pontos positivos e negativos. Estabelece uma diferença entre o que é característica de sua individualidade e o que é conceituado culturalmente. É inadequado quando há supervalorização de um dos extremos: positivo ou negativo, negação de características individuais, com autêntica "miopia" na auto avaliação.
Se a auto-imagem é adequada, permite que a pessoa possa se beneficiar sempre de uma abordagem estética. Da mesma forma que uma "imagem ruim" pode prejudicar a auto-imagem, uma auto-imagem precária pode destruir os efeitos da estética sobre a imagem.
Existem personalidades positivas - "personalidades de sucesso" - voltadas para a alegria, para o êxito - e personalidades negativas - "personalidade de derrota" - voltadas para a tristeza e para o fracasso. As personalidades ou são saudáveis ou são doentias.
O pensamento positivo só produz resultados quando é coerente com a auto-imagem. Expandir a auto-imagem é expandir a área do possível
A auto-imagem é mudada pra melhor ou para pior não apenas pelo conhecimento intelectualizado, mas principalmente por experiências vividas.
Nossa noção de autoconfiança, e equilíbrio ou insegurança, é mais um resultado daquilo que significarem nossas experiências, do que aquilo que aprendemos intelectualmente. Se pudermos desenvolver nossa auto-imagem através de experiências vividas no passado, podemos também mudá-la pelo mesmo processo. É a psicologia experimental que nos autoriza usar as experiências e a mudar a auto-imagem. O êxito em nossas experiências nos ensina a nos conduzir bem, ela forma uma memória de sucessos ou fracassos que nos conduz com eficiência. A memória de sucesso ou fracasso atua como uma informação e nos dá a autoconfiança ou a insegurança. É claro que não podemos agir com segurança se temos somente fracassos para lembrar. Entretanto, assim como podemos mudar nossa face física por meio de uma operação plástica, também podemos mudar nossa face mental através de modificações de nossa auto-imagem. Isto explica porque as pessoas que reclamam não melhoram nunca. Psicólogos experimentais provaram que o sistema nervoso não estabelece diferença entre a experiência real e a imaginada. Também podem ser usados esses processos para aprimorar a técnica oratória, vencer o medo do dentista, ter sucesso na vida social ou melhorar qualquer outro tipo de atividade onde a experiência passada é um fator preponderante para se obter êxito.
Falando em termos de personalidade, a transformação da auto-imagem pode ser comparada a uma cirurgia plástica facial. O cirurgião plástico deve ter a intuição de que ao mudar uma face, ele também muda alguma coisa na psique do indivíduo. Quando o cirurgião muda a face de uma pessoa tem a consciência de que, em geral, muda também seu futuro, isso equivale a mudar sua personalidade, seu comportamento, e às vezes, até, seus talentos e habilidades. E, não alterar simplesmente a face; as incisões que faz não ficam só na superfície da pele - vão até o fundo da psique.
A mera reconstrução da imagem física, não basta, é necessário mudar também sua face interior, pois sua face interior é a verdadeira face da personalidade, é ela a chave real para mudança do comportamento, é através dessa face interior, não física, que o indivíduo age, se a face interior é feia, inferiorizada, o indivíduo agirá de acordo com ela, mas se as cicatrizes emocionais puderem ser removidas, se o interior do indivíduo for mudado, sua personalidade será reconstruída e o indivíduo mudará.

 
Coluna No Divã - assinada pela Dra. Marisa Martins - Psicóloga - CRP: 06/30413-0
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