Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Filosofia

Filosofia na Pandemia

Imagem
  Vídeo do YouTube Viviane Mosé - O Contemporâneo e a Educação

Filosofia na Pandemia

Imagem
Vídeo do YouTube Luiz F. Pondé - Filosofia para corajosos

Filosofia na Pandemia

Imagem
Vídeo do YouTube Leandro Karnal - A Utopia da idade perfeita

Filosofia na Pandemia

Imagem
Vídeo do YouTube Viviane Mosé - Receita para lavar palavra suja

Filosofia na Pandemia

Imagem
Vídeo do YouTube Viviane Mosé - A alegria é um corpo repleto de vida

Filosofia na Pandemia

Imagem
Vídeo do YouTube Viviane Mosé - A crise de valores: Sairemos diferentes dessa pandemia?

A fragilidade dos valores

Imagem
Todas as coisas «boas» foram noutro tempo más; todo o pecado original veio a ser virtude original. O casamento, por exemplo, era tido como um atentado contra a sociedade e pagava-se uma multa, por ter tido a imprudência de se apropriar de uma mulher (ainda hoje no Cambodja o sacerdote, guarda dos velhos costumes, conserva o jus primae noctis). Os sentimentos doces, benévolos, conciliadores, compassivos, mais tarde vieram a ser os «valores por excelência»; por muito tempo se atraiu o desprezo e se envergonhava cada qual da brandura, como agora da dureza.  A submissão ao direito: oh! que revolução de consciência em todas as raças aristocráticas quando tiveram de renunciar à vingança para se submeterem ao direito! O «direito» foi por muito tempo um vetitum, uma inovação, um crime; foi instituído com violência e opróbio. Cada passo que o homem deu sobre a Terra custou-lhe muitos suplícios intelectuais e corporais; tudo passou adiante e atrasou todo o movimento, em troca teve

A construção da história pessoal

Imagem
    “Quem sou eu? Qual o sentido da existência? Que papel eu desempenho nela?” Premidas pelas urgências da vida prática, ou fascinadas pelas distrações que o mundo oferece, as pessoas costumam colocar essas perguntas de lado em seu atarefado dia a dia. Simplesmente as descartam ou adiam, à espera de um “depois” que, muitas vezes, nunca chega. Foram, no entanto, perguntas desse tipo que impulsionaram a filosofia desde antes dos gregos. E, diante de uma grande crise ou de uma imprevista guinada na trajetória existencial, são elas que irrompem na tela da consciência, cobrando a atenção que merecem. Tais perguntas são também o ponto de partida do livro   História pessoal e sentido da vida , de Dulce Critelli, professora titular do Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Publicado com  apoio da FAPESP , o livro, de poucas páginas e leitura fluente, mas conteúdo denso e longamente elaborado, apresenta o fundamento filosófico do método terapêuti

Neobovarismo - ou sobre nós e a internet

Imagem
A correspondência entre a insatisfação e a dissimulação nossa de cada dia “Bovarismo” é a expressão criada por Jules de Gaultier para explicar a insatisfação com a própria vida característica de Madame Bovary, heroína do romance de Flaubert que aprendeu nos livros a se iludir sobre a possibilidade de ser outra. O fim de Emma Bovary foi o suicídio, em explícita fuga do real. Bovarismo é, desde então, a postura daquele que, se negando a viver a própria vida, sonha com outra. O bovarista viveria como se fosse o protagonista de um romance. Antes da morte, para Emma, havia o livro, a única mídia sobre a qual Flaubert podia instaurar sua história em que a questão da função da ficção na vida estava em jogo. Desde as ilusões de Emma podemos tentar compreender nossa cultura em que o livro é esquecido dando espaço ao cinema e à televisão. Perguntar qual teria sido o destino da moça sonhadora em nossos tempos hiperpublicitários, em que toda insatisfação é resolvida com o tapa-furo e

Vampirofilia

Imagem
A vampirofilia de nosso tempo requer reflexão. Se as edições do clássico Drácula de Bram Stoker disputam espaço nas estantes das livrarias com os vampiros de Laurell Kaye Hamilton, se o cinema que produziu Nosferatu de Murnau não se constrange com Drácula 2000, e se até mesmo séries de televisão e novelas surgem para agradar o gosto das massas sedentas por quem ameace sugar-lhes o sangue, é porque a imagem do herói predador cumpre uma função simbólica e imaginária fundamental. Certa paciência e alguma pipoca tornam fácil verificar que a história da representação de vampiros diz mais do ser humano do que sobre os próprios vampiros que, como qualquer mito, nascem da projeção humana. A reflexão filosófica é uma espécie de pensamento que se pensa enquanto pensando sobre uma imagem. Guarda, portanto, a ideia de um espelho. Pensar nos vampiros tor-na-se um desafio interessante, pois um vampiro seria o impensável. Vejamos como. Uma das características destes personagens ficcio

8 Pequenas tristezas do dia a dia e um desejo diferente

Imagem
1 . Triste ver que filmes são vistos apenas porque ganharam prêmios. 1. Triste ver o leitor que se pauta pelos livros mais vendidos. 1. Triste ver o ouvinte que se pauta pelas músicas mais tocadas. 1. Triste ver quem se veste com a roupa "que todo mundo tá usando". 1. Triste ver quem batiza o próprio filho com o nome da personagem da novela. 1. Triste que qualquer "tendência dominante" se torne dominante apenas porque é repetida. 1. Triste ver a inconsciência do dono prepotente da verdade . 1. Triste a falta de pensamento sobre o que se faz e o que se vive. 1. Bom pensar que ainda há algo a ser descoberto e que se chama liberdade, sinceridade, dignidade .   Texto by Márcia Tiburi Imagem by Google

Filosofando no Atemporal

Imagem
Eu estava lendo alguns textos no Blog da Márcia Tiburi e encontrei um texto muito interessante que quero compartilhar com vocês. Segue: Filosofia POP - Manifesto em 16 teses 1 – Filosofia POP é a qualificação do pensamento enquanto ele se aventura nos conteúdos rejeitados de seu tempo. 2 – Filosofia POP é um nome provocativo diante da análise fundamentalista das obras de filósofos a que muitos tentam reduzir a filosofia confundida com o trabalho da investigação acadêmica que toca a burocracia enquanto sustenta a repetição. 3 – Filosofia POP é trabalho vivo com textos novos e antigos, com as falas, os filmes, a arte, os rótulos, a pichação e também o rastro desenhado por insetos, a merda dos cães nas ruas, o sangue dos agredidos, a lágrima das crianças abandonadas. 4 – Tendo como princípio que conteúdos rejeitados projetam luz sobre a experiência de uma época, a tarefa da Filosofia POP implica o trânsito entre afetos e representações tratadas como lix

Filosofando no Atemporal

Imagem
O "esclarecimento" segundo Kant Immanuel Kant escreveu um artigo tentando responder a pergunta “O que é esclarecimento ?” Segundo Kant, esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade. Menoridade esta que é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. E o culpado dessa menoridade é o próprio indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude ! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento (KANT, 2005. p. 63-64). Kant afirma que todo individuo vive uma situação de menoridade em algum momento ou fase de sua vida, isso pode acontecer tanto por comodismo como por oportunismo, medo ou preguiça. Mas o que não pode acontecer é o indivíduo permanecer na menoridade a vida toda, renunciando esse processo a si e aos outros

Filosofando no Atemporal

Imagem
Por que somos corruptos? A máxima “o poder corrompe” é a bandeira que cobre o caixão no qual velamos a política. Ela é primeiro desfraldada por aqueles que pretendem evitar a partilha do poder que constitui a democracia. Ela é aceita por todos aqueles que se deixam levar pela noção de que o poder não presta e, deste modo, doam o poder a outros como se dele não fizessem parte. Esquecem-se que a falta de poder também corrompe, mas esquecem sobretudo de refletir sobre o que é o poder, ou seja, ação conjunta. Democracia é partilha do poder. É o campo da vida comum, a vida onde todos estamos juntos como numa mesma embarcação em mar aberto. Partilhamos o poder querendo ou não, mas podemos fazê-lo de modo submisso ou democrático, omisso ou presente. Estamos dentro da democracia e precisamos seguir suas consequências. Democracia é também responsabilização pelo contexto em que vivemos: pelo resultado das eleições, pela miséria, pelo cenário inteiro que produzimos por aç

Filosofando no Atemporal

Imagem
Somos livres? Somos livres. Esta frase pode parecer muito abstrata hoje diante do cotidiano atropelado de afarezes, atividades, responsabilidades que todas as pessoas têm. Ninguém tem tempo de pensar na questão de “ser livre” e esta falta de tempo parece ser a prova de que a liberdade não existe. Quem, ao trabalhar demais, sem poder realizar outros aspectos de sua vida (como o conhecimento que envolve leituras, filmes, boas conversas, até mesmo a possibilidade de frequentar cursos, de fazer viagens, de desenvolver sua criatividade, de aprender, enfim, coisas novas), pode dizer que é livre? Lazer é o nome que damos a tudo isso que constantemente nos falta. O lazer não é algo que podemos abandonar em nome do trabalho. Em geral, é o que deixamos de lado quando estamos na luta pela sobrevivência. Mas é o nosso lazer que nos ensina e nos prepara para sermos seres humanos melhores, mais elaborados, inclusive no trabalho e, sobretudo, em relação a nossa família e ami

Filosofando no Atemporal

Imagem
Desejar o Desejo Costumamos querer sem saber o que queremos, costumamos falar de desejo sem saber o que ele significa. Fala-se tanto em desejo que ficamos confusos com seu sentido. Arthur Schopenhauer, no século XIX, pensava que o desejo era o motor do sofrimento. Desejar resultava em ser infeliz. O filósofo tinha certa razão, pois o desejo não vem com o equilíbrio como brinde. E a pergunta, a princípio ingênua, “o desejo é afinal bom ou ruim?” não nos abandona. Apesar da relação entre desejo e excesso, à sensação de aventura impressionante que uma possível “descoberta” do desejo nos convida, nos tornamos temerosos do desejo. Todavia, permanecemos desejando. Se não estamos às voltas à procura de nosso desejo por conta própria, sempre há quem esteja por perto dizendo que temos que encontrá-lo e que isto será uma revolução pessoal. Há quem fale da diferença entre querer e desejar, uns afirmando que o querer é racional e consciente e o desejo é irracional e inconsci

Filosofando no Atemporal

Imagem
Lembrar é essencial * O homem é o animal que lembra. Podemos dizer isso tendo em conta que não haveria, de um modo geral, a cultura, sem o trabalho da memória. Definir o que é a memória, porém, não é fácil. Os cientistas tentam explicá-la afirmando seu funcionamento físico-químico em nível cerebral. Os historiadores criam suas condições gráficas por meio de documentos e provas, definem, com isso, uma linguagem compreensível sobre o que ela seja: o que podemos chamar de “campo da memória”. Os artistas e escritores tentam invocar seus subterrâneos, aquilo que, mesmo sem sabermos, constitui nosso substrato imagético e simbólico. Mas o que é a memória para cada um de nós que, em tempos de excesso de informação, de estilhaçamento de sentidos, experimenta o fluxo competitivo do cotidiano, a rapidez da vida, como se ela não nos pertencesse? Como fazemos a experiência coletiva e individual da memória? É possível lembrar? Lembrar o quê? Devemos lembrar? Se esta pergunta é po