Alzheimer X Longevidade
Segundo estimativa da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), o Alzheimer afeta 7% da população entre 60 e 90 anos. Trata-se de uma doença degenerativa que atinge os neurônios. Por fatores biológicos, a partir dos 30 anos o ser humano começa a perder as células responsáveis pela condução dos impulsos nervosos, mas depois dos 60 anos a situação começa a se intensificar.
No Brasil, de 1999 a 2008 o número de pessoas acometidas pela doença aumentou vertiginosamente: passou de 1.343 para 7.882. A expectativa é que ocorram 50 mil novos casos por ano. Dados mundiais apontam 36 milhões de pessoas com o diagnóstico - no ano de 2030 serão 66 milhões.
A doença de Alzheimer compromete a capacidade cognitiva das pessoas em funções como memória, linguagem, habilidades visuais e espaciais, provocando mudanças de comportamento. Segundo a visão de especialistas, a doença é especialmente cruel porque deteriora a memória da pessoa acometida, minando sua identidade. Em casos avançados, o doente perde toda a sua autonomia e fica totalmente dependente de seus familiares e cuidadores para proverem suas necessidades básicas da vida diária; ainda na fase avançada pode ocorrer comprometimento da capacidade de deglutição.
No caso do Alzheimer, o doente não é somente o portador da doença, mas sim os familiares que o cercam, por isso, é preciso muito preparo para lidar com a situação.
Antigamente não se falava em Alzheimer porque as pessoas tinham uma curta estimativa de vida, hoje, a situação se inverteu e a população vive mais e a grande causa deste aumento exponencial da doença é o envelhecimento populacional, é a longevidade. Aos 60 anos, cerca de 10% das pessoas apresentam algum grau de demência; número que dobra a cada 5 anos. Assim, aos 85 anos, 47,8% da população apresenta demência, ou seja, uma em cada duas pessoas nesta idade tem demência.
by Mari Martins
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Fonte de pesquisa: Revista Sogesp set/out de 2011
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