Trabalho de Parto
TRABALHO DE PARTO
O trabalho de parto acontece, normalmente, por volta de 37 até 42 semanas de gestação. Antes das 37 semanas é trabalho de parto prematuro e após 42 semanas chamamos de pós datismo. As consultas do pré-natal são semanais no final da gestação para melhor avaliação da gestante e acompanhamento dos primeiros sinais do trabalho de parto. A pressão arterial sempre é aferida, uma vez que é mais comum subir no último trimestre. O peso da gestante é controlado semanalmente. O batimento cardíaco do feto é auscultado e observado quanto ao rítimo e à frequência. A altura uterina é verificada com uma fita métrica afim de acompanhar o crescimento do feto. As partes fetais são palpadas e podemos saber se o feto está em apresentação cefálica (de cabeça para baixo) ou pélvica (sentado) que são as duas apresentações mais comuns. A barriga é observada também em relação às contrações uterinas (quando dói e endurece). Nas últimas consultas também fazemos toques vaginais com mais freqüência para analisar as condições da bacia materna e do colo uterino. Quando há as dilatações uterinas (aberturas do colo) também conseguimos palpar a apresentação e a bolsa das águas. Existindo contrações uterinas associadas às dilatações do colo já consideramos trabalho de parto e encaminhamos a paciente à maternidade. Se nenhum sinal é notado durante a consulta de pré-natal, as orientações são feitas às gestantes de forma que as mesmas possam observar os sinais e sintomas do trabalho de parto. São quatro os principais sinais e sintomas que indicam que a paciente deve dirigir-se à maternidade: contrações uterinas; perda de líquido amniótico; perda de sangue pela vagina e parada ou diminuição dos movimentos fetais. As contrações devem acontecer por um período de 40 segundos e se repetem com freqüência de 3 a cada 10 minutos. A perda de líquido ou ruptura da bolsa nem sempre acontece espontaneamente, mas quando ocorre, a gestante observa uma perda de grande quantidade de água pela vagina, caso não ocorra espontaneamente, a ruptura pode ser feita pelo obstetra quando o colo atingir 6 cm de dilatação. A perda de sangue pode sugerir abertura do colo ou alguma situação que merece atenção como descolamento da placenta ou placenta prévia. A movimentação fetal deve ocorrer sempre, se diminuída ou ausente pode indicar sofrimento fetal. Caso nenhuma alteração ocorra até a paciente chegar ao termo, ou às 40 semanas de gestação, a gestante deve, mesmo sem sintomas, comparecer à maternidade para uma melhor avaliação da vitalidade fetal.
Coluna Saúde da Mulher - assinada pela Dra. Elaine K. Vasconcelos - Ginecologista, Obstetra e Mastologista - CRM: 101324.
Imagem by Mari Martins
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