Práticas antienvelhecimento. Cuidado!
Geriatras alertam sobre os riscos
Novas terapias de combate aos efeitos do envelhecimento (anti-aging) podem comprometer o funcionamento do organismo e até mesmo causar câncer. Este foi um dos principais itens da pauta do XVIII Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia realizado no período de 22 a 25 de maio, no Rio de Janeiro/RJ.
A situação da prática antienvelhecimento no Brasil e no mundo foi discutida por geriatras, gerontólogos, representantes do Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, além de sociedades de especialidades como a Endocrinologia, Ginecologia, Dermatologia, e Clínica Médica. No Congresso, conferências apresentaram estudos sobre o anti-aging.
O Congresso contou com a participação do professor Thomas Perls, da Universidade de Boston, que estuda grupos de pessoas que passaram dos 100 anos. Segundo Perls, a resposta da longevidade está nos genes. O pesquisador afirma, no entanto, que mesmo aqueles que não têm uma boa herança genética poderão viver mais se cultivarem hábitos saudáveis.
Alerta - A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) designou um grupo de especialistas para realizar uma revisão da literatura cintífica com o objetivo de avaliar a eficácia e segurança desse tipo de tratamento. Após extensa revisão, a SBGG recomendou a seus profissionais associados que alertassem as pessoas de que, até o momento, nenhum estudo demonstrou que vitaminas, anti-oxidantes, reposição hormonal ou qualquer outra substância teriam a capacidade de retardar ou reverter o processo de envelhecimento. Deve-se ter cautela, pois determinados tratamentos, além de ineficazes, podem ser danosos tanto do ponto de vista econômico como da saúde coletiva e individual.
by Mari Martins
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Fonte: Jornal Medicina Maio/2012
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