Timidez
TIMIDEZ
A timidez pode causar problemas psicológicos, o tímido tem sua auto-estima baixa, frágil, ele sempre acha que todos estão olhando para ele, que o mundo roda em torno de sua atuação. Está preocupado em como os outros vão avaliar suas atitudes e comportamentos e com isso não tem coragem de assumir seus próprios desejos.
A timidez torna as pessoas propensas a interpretarem os acontecimentos de uma maneira ameaçadora, com isso sua autonomia torna-se prejudicada, precisando de algo ou alguém para sentir-se seguro e tranquilo.
Em nossa atuação no mundo trabalhamos sempre em duas áreas a da ilusão (fantasia, crenças) e a da realidade (mundo objetivo). Nossas escolhas e formas de entender e de sermos no mundo nascem destes focos de atenção. Se temos uma boa noção sobre quem somos e do que somos capazes, ou seja, de nossos potenciais e de nossas possibilidades, atuamos no mundo de forma mais autônoma e segura. O conhecimento de si mesmo, aliado à auto-estima são os fatores determinantes para mudar sua forma de se relacionar com o mundo.
Em nossa sociedade competitiva aquele que não ousa, aquele que teme ser visto, ser percebido ou questionado em suas opiniões, tem mais dificuldade em se relacionar, conquistar seu espaço profissional e com isso alcançar o sucesso esperado pela sociedade e muitas vezes por si próprio.
A mãe tem um papel essencial na timidez de seu filho para o bem ou para o mal. Ela deve estimulá-lo a fazer amigos, mas ao mesmo tempo precisa entender que timidez, num grau razoável, não é doença. Só se torna um problema quando isola a criança do mundo, porque desta forma a criança não se diverte e corre o risco de na adolescência, desenvolver transtornos psiquiátricos, como ansiedade e fobia social.
A timidez é uma inibição que ocorre em momentos de comunicação com outras pessoas que pode ou não provocar alterações físicas, como aceleração dos batimentos cardíacos, mãos geladas, aceleração da respiração, suor nas mãos, frio na barriga e outras. Uma pessoa tímida se preocupa com suas atitudes e reações e o que essas podem provocar em outras pessoas. Muitas vezes essas preocupações são geradas pelo sentimento de impotência, medo de falar ou agir próximo a outras pessoas.
Tais situações caracterizam a princípio a timidez, mas também pode caracterizar o início de um ciclo que pode ou não ocorrer:
Timidez específica: Ocorre quando o tímido se inibe em determinadas situações ou em proximidade de determinadas pessoas.
Timidez crônica: Ocorre quando o tímido já não se aproxima de ninguém, não faz amigos e nem fala com estranhos.
Fobia social: Ocorre quando o tímido já nem consegue exercer suas atividades rotineiras por simples medo de se expor.
Agorafobia: Ocorre quando o tímido já demonstra pavor em permanecer em locais abertos e em meio a muitas pessoas. Nesse período é necessário tratamento psicológico.
Síndrome do pânico: Ocorre quando o tímido apresenta ataques de pânico que podem ser provocados por ansiedade e vergonha. Nesse estágio o tímido já associou uma série de elementos psicológicos que se aglomeram, nesse caso o indivíduo necessita de tratamento.
A princípio, uma pessoa tímida não compromete significativamente sua vida, mas se perceber qualquer alteração de comportamento deve procurar auxílio psicológico para controlar tais alterações e impedir o agravamento da situação. O apoio psicoterápico é importante para que o tímido conheça e entenda suas inseguranças e medos e para que tenha controle sobre eles.
Coluna No Divã - assinada pela Dra. Marisa Martins - Psicóloga - CRP: 06/30413-0
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