Censo aponta declínio da fecundidade
Os resultados do Questionário da Amostra do Censo Demográfico 2010, divulgado pelo IBGE, amostra colhida em pouco mais de 6 milhões de domicílios do Brasil, ou 11% do total, revela um país no qual as mulheres têm menos filhos e são mães um pouco mais tarde; e os casamentos formais cedem espaço às uniões consensuais.
Veja algumas informações:
- O número médio de filhos nascidos vivos por mulher ao final de seu período fértil, no Brasil, foi de 1,86 em 2010, bem inferior ao do Censo 2000, que era de 2,38 filhos.
- Houve declínio dos níveis de fecundidade em todas as grandes regiões brasileiras. Os mais expressivos foram observados nas regiões Nordeste e Norte, que possuíam os mais altos números em 2000.
- Entre as unidades da Federação, a mais baixa taxa de fecundidade pertence ao Rio de Janeiro (1,62 filho por mulher), seguido por São Paulo (1,63) e Distrito Federal (1,69). A mais alta foi a do Acre (2,77).
- O padrão de fecundidade das brasileiras também sofreu alterações entre 2000 e 2010. A tendência observada até então era de rejuvenescimento. Mas em 2010, os grupos de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos de idade, que concentravam 18,8% e 29,3% da fecundidade total em 2000, respectivamente, passaram a concentrar 17,7% e 27,0%. Para os grupos de idade acima de 30 anos, observa-se aumento de 27,6% em 2000 para 31,3% em 2010.
União Consensual X Casamento
O Censo Demográfico 2010 constatou mudanças ocorridas desde 2000 quanto ao padrão da nupcialidade:
- Houve aumento expressivo das uniões consensuais (de 28,6% para 36,4% do total) e uma consequente redução dos casamentos, com destaque para a modalidade civil e religioso (de 49,4% em 2000 para 42,9% em 2010).
- Em relação ao estado civil, houve crescimento da proporção de divorciados (de 1,7% em 2000 para 3,1%) e uma redução dos solteiros (37,0% para 34,8%).
- Entre 2000 e 2010, os casados passaram de 54,8% para 55,4%, os desquitados ou separados judicialmente foram de 4,6% para 5,0%, e os viúvos, de 1,9% para 1,7%.
by Mari Martins
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Fonte: IBGE
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