O último suspiro
De acordo com a Pesquisa CNI/Ibope de avaliação do governo federal relativa ao último trimestre de 2011, 67% desaprovam as políticas de saúde brasileiras, sendo este o maior percentual de entrevistados que desaprovam as ações do governo dentre as nove áreas avaliadas. Nas capitais, o índice de desaprovação chega a 75% e, nas cidades com mais de 100 mil habitantes, atinge a marca de 71%.
Dados alarmantes:
- Em 2012, o orçamento da União será de R$ 2,225 trilhões;
- Deste valor, apenas 3,98% serão destinados à saúde, contra 47,19% para o pagamento de juros e amortização da dívida;
- Para o Brasil responder à universalidade, integralidade e equidade previstas na criação do SUS, precisaria aplicar pelo menos 6% do PIB em saúde;
- Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o governo brasileiro é um dos que menos investem em saúde no mundo todo, bem inferior à média africana;
- 56% dos gastos com saúde no Brasil saem dos bolsos das famílias dos pacientes e de planos de saúde privados;
- No Brasil, se gasta com saúde o equivalente a R$ 1,82 por habitante/dia.
Esse caos na saúde é uma herança deixada por "várias e equivocadas gestões" que não valorizavam a questão da qualidade da assistência à saúde e foram diminuindo o financiamento adequado. Durante anos a União vem aumentando a arrecadação de impostos e vem reduzindo o percentual de investimento em saúde.
by Mari Martins
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Fonte de pesquisa: Revista da APM - Jan/Fev-2012
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