Psicografia


Hoje eu vou fazer uma confissão:
Eu não sou um poeta.
Eu, na verdade,
- e por favor, segure o riso -
eu nasci um poema,
desses de improviso.
À noite, quando me sento
para escrever,
ouço os suspiros
de Vinicius;
A certeza incerta
de Drummond;
Dou gargalhadas com Quintana;
Paulo Leminski me observa:
- Que bom, que bom!
E de vez em quando,
muito sutilmente,
sinto a mão de Gil Vicente sobre minha mão.

Poema by Priscila Lopes
Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos

Comentários

Jackie Freitas disse…
Oi Mari, minha querida!
Muito bacana esse poema!
Que bom poder ser "influenciada" por tão talentosos e consagrados poetas, hein?
Gostei do humor no poema. Isso mostra que para ser belo, nem sempre precisa carregar o peso da responsabilidade dos temas "profundos".
Grande beijo, amiga!
Jackie
Marianne disse…
Mari! Que poema lindinho!
Não sei se acredita no espiritismo, mas eu sim e adorei, de verdade :)
Sinto muito pela ausência nos comentários, estive muitissimo ocupada com coisas da faculdade... Com férias, poderei voltar :)

Grande Abraços,
Mari

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