A chuva chove

 
 
 
 
 
 
A chuva chove mansamente... como um sono
Que tranquilize, pacifique, resserene...
A chuva chove mansamente... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine...

E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono...
Véspera triste como a noite, que envenene

... Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha...
Paço de imensos corredores espectrais,

Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais...
 
 
Poesia by Cecília Meireles
Imagem by Google
 
 
 
 

Comentários

Anônimo disse…
Lindíssimo... E bem apropriado para o clima de hoje (chuva fina no interior do estado de S. Paulo)... Obrigado por compartilhar tão belo poema de Cecília Meireles. Abraço amigo, cuide-se bem....
Anônimo disse…
Thanks for every other informative site. Where else may just I get
that kind of information written in such an ideal way?
I have a undertaking that I am simply now running on, and
I have been at the glance out for such information.

Also visit my site: website [theloftsonline.com]

Mais acessados

Glândula de Skene

Alergias e Pruridos Vulvovaginais

Ultrassom Transvaginal - O que é? Qual a sua finalidade?

Vulvoscopia. Qual a finalidade desse exame?

Entenda qual a função dos lábios da vagina