O sobrado
O sobrado vazio que me espera
em paredes eternas como a chama
que da praça exterior se transverbera,
e no fundo das almas se derrama.
Mas saberei fazê-lo benfazejo
e de mãos estendidas para o mundo.
A seus paineis contidos de azulejo
andorinhas virão do céu profundo
Terei meu coração neste sobrado,
nosso amor andará nesse arruado
e há de deitar-se em meio ao capim alto
Que dorme nas barreiras no basalto,
e pelas praias, na meiguice quente
das águas, descansar perdidamente.
Poema by Odylo Consta Filho
Foto by Mari Martins
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