Transmissão Vertical do HIV
Em recente informe divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado em São Paulo a incidência de transmissão vertical (TV) do HIV despencou 90% desde 2000. As autoridades apostam no reforço das estratégias de diagnóstico e profilaxia das gestantes na rede de saúde paulista para eliminar a TV, que sob o ponto de vista epidemiológico, significa ter até duas crianças soropositivas em cada 100 gestantes infectadas pelo HIV.
Para Silvana Maria Quintana, professora doutora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, diretora-geral do Centro de Referência da Mulher de Ribeirão Preto - Mater, as intervenções recomendadas pelo Programa Nacional de DST/Aids podem realmente reduzir as taxas de transmissão para 1% ou 2%.
"O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza todas as intervenções para redução da TV, tais como o uso de antirretrovirais a partir da 14ª semana de gestação; utilização de antirretrovirais (ARV) durante o trabalho de parto; teste rápido para detecção de parturientes infectadas pelo HIV que não realizaram pré-natal ou que não realizaram o exame anti-HIV durante a gravidez, uso de ARV para o recém-nascido e a inibição da lactação associada ao fornecimento da fórmula infantil até 6 meses de idade", afirma Silvana.
Todas essas intervenções são importantes, tem respaldo científico e devem ser adotadas para eliminar a TV do HIV em todo Brasil, porém, essa meta só será atingida se profissionais, pacientes e gestores de saúde trabalharem em parceria e com muita responsabilidade.
by Mari Martins
Fonte: Jornal da FEBRASGO
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