Sexo e Drogas
SEXO E DROGAS
Não é incomum encontrarmos jovens que acreditam que o uso de álcool e/ou drogas pode favorecer o desempenho sexual. Esta crença errônea e distorcida se sustenta pelo fato destas substâncias, num primeiro momento, deixarem a pessoa mais desinibida e, com isso, supostamente mais aberta e disponível para um eventual encontro sexual. O que se observa então, é que os jovens acabam exagerando na dose e o interesse aparente acaba dando lugar à sonolência, à lentidão e à introspecção, tornando a aproximação mais lenta e o desempenho menos satisfatório.
Na verdade, diferente do que alguns jovens acreditam, já está comprovado que o álcool e outras drogas, ao invés de beneficiarem o encontro afetivo e/ou sexual, trazem inúmeros prejuízos para a sexualidade. Quem bebe muito, corre grande risco de falhar no momento do ato sexual, uma vez que o uso recorrente e abusivo de álcool é nocivo ao pênis, provocando assim dificuldade de ereção. O uso da maconha acaba diminuindo a produção de espermatozoides e o desejo sexual, além de dificultar a chegada ao orgasmo. Os anabolizantes também prejudicam o mecanismo de ereção e a fertilidade.
Além destes inúmeros prejuízos à resposta sexual, o álcool e as drogas também prejudicam a capacidade de percepção e julgamento das pessoas. Sendo assim, muita gente acaba ficando com parceiros(as) que jamais ficariam se não estivessem sob o efeito destas substâncias, sem contar com o fato de que o uso das mesmas expõe a mais comportamentos de risco, como, por exemplo, transar sem camisinha.
Diante de tantas evidências, não há como acreditar que as drogas e o álcool tragam qualquer benefício para o sexo. Ao contrário, aumentam significativamente a possibilidade de dificuldades neste campo. É necessário buscar formas mais saudáveis e adequadas para lidar com possíveis inseguranças e ansiedade frente ao encontro sexual. É importante se dar conta de que a curtição, a paquera, a descontração e o sexo não podem e nem devem vir acompanhados de drogas, pois estas, além de prejudicarem a saúde em todos os aspectos, empobrecem as experiências e impedem o contato pleno e real com as pessoas e situações.
Portanto, se você é usuário de álcool/drogas ou se tem um(a) namorado(a) que o faz, não adianta fingir que nada está acontecendo! Procure informar-se sobre os riscos que está correndo e não hesite em buscar ajuda especializada.
Coluna No Divã - assinada pela Dra. Marisa Martins - Psicóloga - CRP: 06/30413-0.
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