Mitos e tabus sexuais





MITOS E TABUS SEXUAIS


A masturbação é um comportamento absolutamente normal e pode estar presente em qualquer idade. As fantasias vinculadas a ela e o ato em si são fontes de culpa universais. É muito importante que os pais possam permitir esse comportamento em seus filhos, oferecendo a privacidade necessária a eles, evitando que suas próprias vergonhas e repressões afetem o início da vida sexual de suas crianças.
Evite propagação de mitos como os que dizem que quem se masturba fica louco, epiléptico, esquizofrênico e com um anormal crescimento de pêlos nas mãos.
É necessário enfatizar que a masturbação é um ensaio essencial para a realização sexual de um adulto.
Deve-se sempre respeitar a crença religiosa das pessoas, mas também saber que a masturbação já foi considerada pecado religioso no que tange ao desperdício de sêmen (esperma). Na religião, o ato sexual deveria sempre visar a reprodução, a geração de mais filhos.
Não há sujeira alguma nas secreções vaginais. Normalmente, o muco presente na vagina é responsável pela lubrificação para a atividade sexual não ser dolorosa (devido ao atrito do pênis) e pela manutenção da flora vaginal saudável. Ele é produzido de forma similar à saliva da boca. Somente em condições de infecções podemos observar mal cheiro, sintomas de ardência e coceira na região. Para o sêmen a situação é a mesma. Este é composto por secreções que ajudam a lubrificação e o deslocamento dos espermatozóides. Em condições normais, não há infecções.
Pelo fato de o sistema urológico (sistema para eliminar a urina) estar próximo anatomicamente ao sistema genital, há uma certa confusão. Na mulher, existe um orifício por onde sai a urina que se chama orifício uretral. A urina não sai pela vagina. São dois orifícios diferentes. No homem, tanto a urina quanto o esperma saem pelo mesmo orifício uretral localizado na cabeça do pênis. A urina, em boas condições de saúde, não apresenta infecções e mau cheiro.
Há uma variação na frequência sexual de acordo com a idade da pessoa. O hormônio responsável pelo desejo sexual é a testosterona. Essa substância diminui um pouco em sua produção com o passar dos anos, além de o próprio corpo ficar mais fatigado com a idade. Então não deve existir preocupação com o numero de ejaculações ou orgasmos na juventude. Isso não vai privá-lo de sexo após os 40, com certeza.
Existe uma cobrança e uma exigência social que impõe ao homem uma postura de urgência ao sexo. Ele sempre deve "estar a fim" (no sentido de obrigação mesmo). Não será uma carga muito grande sobre os ombros dele? A verdade é que isso também é um mito. O homem nem sempre está disponível para o sexo. Existe uma tendência conforme a idade e as características individuais de cada um. Normalmente o jovem tem maior disposição ao sexo. Tem mais apoio social para procurar alívio sexual que a jovem mulher. Na puberdade, apresenta maior frequência de atividade sexual e de masturbação quando comparado á mulher de mesma idade. Tem o período refratário curto e ansiedade constante em ejacular. No homem mais velho, o período refratário aumenta, tal como a saciedade (satisfação sexual plena após atividade sexual). Cedo pela manhã, devido a um específico estágio do sono, há maior tendência de se ter ereções as chamadas "ereções do mijo". Mas ao longo do dia, a vontade de sexo pode variar e até pode ser absolutamente normal um homem não apresentar desejo sexual algum. 


Coluna No Divã - assinada pela Dra. Marisa Martins - Psicóloga - CRP: 06/30413-0.
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