Incontinência Urinária




INCONTINÊNCIA URINÁRIA


É a perda involuntária da urina. Os rins enviam a urina para ser eliminada pela bexiga através dos ureteres. O mecanismo se dá quando sensores nervosos locais da bexiga enviam uma mensagem ao cérebro avisando que é hora da micção (fazer xixi). Então a uretra e os músculos da bexiga se contraem e relaxam eliminando a urina de acordo com a nossa vontade. A bexiga tem uma capacidade de acumular até 500ml de urina. Com 150ml envia a primeira mensagem ao cérebro dizendo que esta já pode ser esvaziada. A pessoa ainda consegue controlar o esvaziamento e segurar a urina até completar a capacidade de armazenamento da bexiga e aí o cérebro manda nova mensagem para que ocorra a micção. A incontinência urinária pode ser total (quando perdemos totalmente o controle sobre a diurese) ou parcial (mais comum). A incontinência parcial pode ser de esforço (quando perdemos urina aos esforços físicos como a tosse, o riso, etc); De urgência (quando temos que correr ou perderemos involuntariamente a urina); Por transbordamento (quando atinge a capacidade total, mas os músculos e a uretra não se contraem e então a urina começa a vazar) ou mista (quando ocorre mais de uma dessas causas). O diagnóstico geralmente é feito pelo urologista que iniciará o tratamento adequado. Medidas gerais podem ser adotadas como parte do tratamento como a perda de peso, parar de fumar (para diminuir a tosse crônica) e tratar a constipação intestinal. Por meio de exames de urina, de imagem e do estudo urodinâmico o urologista irá propor o tratamento. O estudo urodinâmico ajuda no diagnóstico de bexiga hiperativa. Esta tem a característica de contrair e eliminar a urina sem a nossa vontade. Acontece por uma instabilidade do músculo da bexiga que é chamado de detrusor. A bexiga hiperativa pode ser neurogênica (consequência de acidente vascular cerebral, mal de Parkinson, esclerose múltipla) ou idiopática, quando não se sabe a causa. O tratamento envolve medicamentos, fisioterapia (exercícios de Kegel), eletroestimuladores e cirurgias, dependendo do tipo de incontinência.


Coluna Saúde da Mulher - assinada pela Dra. Elaine K. Vasconcelos - Ginecologista, Obstetra e Mastologista - CRM: 101324.
Imagem by Mari Martins




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