Entenda melhor a questão do Aborto



ABORTO

O aborto acontece quando uma gestação é interrompida antes de 22 semanas ou com fetos pesando até meio kilo. Pode ser espontâneo ou provocado. O aborto, no Brasil, é ilegal, salvo em duas excessões: estupro (é preciso um boletim de ocorrência) ou anencefalia (é preciso uma ordem judicial). Nesses dois casos o aborto pode ser realizado por profissional especializado, em ambiente hospitalar. Algumas vezes, quando, em emergência de perigo de morte materna, também pode ser justificado. Qualquer ameaça de aborto deve ser tratada com cuidados. A ameaça de aborto ocorre quando existe sangramento vaginal em gestações de até 22 semanas. O mais importane, neste caso, é o repouso absoluto. A causa mais comum de aborto espontâneo é a malformação fetal que pode ocorrer em até 30% de todas as gestações de casais saudáveis. Outras causas englobam as infecções, os traumas, a incompetência do colo uterino em segurar o feto, neste caso chamada incompetência istmo cervical. Hipertensões arteriais, doenças maternas auto-imunes e diabetes também podem levar ao aborto. Quando é espontâneo, o aborto pode ser completo, retido ou incompleto. Incompleto, quando sobram restos de placenta dentro do útero e é necessária a curetagem uterina. O aborto retido é quando não há abertura do colo uterino afim de expulsar um feto já em óbito. É seguro para a paciente até 21 dias e, caso não ocorra essa expulsão natural do feto em óbito, é preciso uma intervenção médica. Existem medicamentos para o amolecimento e abertura do colo uterino, para depois ser feita a curetegem uterina pelo método tradicional ou à vácuo, neste caso o procedimento é chamado Amil (por sucção). Muitas pacientes não se sentem emocionalmente seguras para esperar os 21 dias a resolução natural de um aborto retido. Pode-se então, após a confirmação do óbito fetal por, pelo menos, duas ultrassonografias ,com intervalos de 7 dias entre uma e outra, internar a paciente e resolver a questão. Os abortos realizados em ambiente domiciliar ou em clínicas clandestinas são perigosíssimos, frequentemente infectados e podem resultar em óbito materno.


Coluna Saúde da Mulher - assinada pela Dra. Elaine K. Vasconcelos - Ginecologista, Obstetra e Mastologista - CRM: 101324.
Imagem by Mari Martins




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