Estamos em um mundo Linux e não sabemos
Por Lucio Tadeu Figueiredo*
Quando se fala em Linux, a maioria das pessoas sequer o reconhece como sistema operacional. Sugere algo distante, coisa de nerd de computador.
Contudo, já está em toda parte, dos smartphones aos eletrodomésticos, mesmo que não saibamos e sem ter uma marca comercialmente consolidada como o Windows. O Linux é o principal sistema operacional de grandes servidores e é muito utilizado por
supercomputadores de pesquisa. Ele é a plataforma da chamada “internet das coisas”, tecnologia que une tudo ao nosso redor à internet, para que possamos comandar, inclusive, nossas casas, a partir do computador. Não há como fugir do Linux.
supercomputadores de pesquisa. Ele é a plataforma da chamada “internet das coisas”, tecnologia que une tudo ao nosso redor à internet, para que possamos comandar, inclusive, nossas casas, a partir do computador. Não há como fugir do Linux.
O então pequeno sistema operacional de código aberto nasceu em 1991, como projeto pessoal de Linus Torvalds, estudante de engenharia de software finlandês, abrindo caminho para diversos desenvolvedores autônomos, que contribuíram para que seu núcleo ganhasse músculo e se tornasse o queridinho de diversas corporações. Por ser de código aberto, é gratuito, o que permitiu a evolução de diversos softwares em sua
órbita. Atualmente, o mais conhecido é o LibreOffice, um pacote de aplicativos completo para escritório. Mas a infinidade de aplicativos Open Source (código aberto) é absurdamente grande e contempla toda uma gama de necessidades atuais para computador pessoal.
órbita. Atualmente, o mais conhecido é o LibreOffice, um pacote de aplicativos completo para escritório. Mas a infinidade de aplicativos Open Source (código aberto) é absurdamente grande e contempla toda uma gama de necessidades atuais para computador pessoal.
Como tem o código aberto, o Linux, diferentemente do Windows, tem várias distribuições no mercado, tais como o Ubuntu, Red Hat, Debian, Fedora etc. O Ubuntu, é muito fácil de instalar e de usar em português do Brasil. Utilizo o LibreOffice (e antes o OpenOffice, versão mais antiga) há cerca de 20 anos, como suíte de escritório, em que realizo apresentações de slides. Também é a suíte que utilizo em minha clínica,
para impressão, escaneamento de documentos, planilhas etc. A vantagem desses programas é que são intuitivos, ou seja, a adaptação a eles é muito fácil.
para impressão, escaneamento de documentos, planilhas etc. A vantagem desses programas é que são intuitivos, ou seja, a adaptação a eles é muito fácil.
Basta uma pesquisa na internet para verificar que praticamente todos os servidores de email utilizam o Linux, por questão de segurança e robustez. O Google o usa em seus servidores; e o sistema Android dos smartphones é baseado nele. Os servidores de grandes empresas como Amazon, IBM, Twitter e Facebook operam com a plataforma Linux. O McDonald's adota a distribuição Ubuntu Linux em seus terminais. Os submarinos americanos contam com o Linux Red Hat. A Nasa também adota o Linux em suas sondas espaciais. Os smartwhatches o utilizam, como, por exemplo, o relógio Garmin, útil para correr, nadar e pedalar, que é Android, e nunca trava.
Vários dispositivos móveis também se servem do Linux, como o Kindle e os tablets. Impressoras IBM o utilizam, assim como as geladeiras com acesso à internet. A Estação Espacial Internacional usa o Linux Debian para prover todo seu funcionamento. Muitas empresas, instituições governamentais e escritórios corporativos recorre às distribuições Linux, pois não é necessário o pagamento de licenças. Na educação,
diversos países instituíram o sistema Linux em escolas e faculdades, tais como Rússia, Alemanha, Filipinas, Suécia, Itália e Finlândia.
diversos países instituíram o sistema Linux em escolas e faculdades, tais como Rússia, Alemanha, Filipinas, Suécia, Itália e Finlândia.
É muito Linux para quem nem sabia das aplicações dessa maravilhosa ferramenta. E por ser moldável às mais variadas necessidades humanas, será o futuro dos computadores. O Linux veio para ficar e já não conseguimos mais viver sem ele.
Fonte: REvista Ser Médico nº 87
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