DNA de três pessoas



Pesquisadores gregos e espanhóis anunciaram o nascimento pioneiro de bebê com o
uso de “transferência de fuso materno”, técnica de Reprodução Assistida (RA) na qual o DNA nuclear da mãe é transferido para uma célula de doadora saudável (cujo núcleo é removido), de modo que a criança resultante tenha DNA nuclear dos pais e DNA mitocondrial da doadora.
A paciente, uma grega de 32 anos, já havia passado por quatro ciclos malsucedidos de
fertilização in vitro e faz parte do grupo de 25 participantes de estudo experimental que vai até 2022, e que já teria produzido oito embriões. Conforme Panagiotis Psathas, presidente do Instituto da Vida, maternidade e centro de pesquisas de Atenas que sediou e financiou o estudo, a intenção é garantir “o direito inalienável de uma mulher se tornar mãe com seu material genético”.
Apesar do entusiasmo, a aplicação da técnica gera controvérsias: da forma com que foi
apresentada e aprovada em 2015 pela Human Fertilisation and Embryology Authority (HFEA) britânica, é restrita à prevenção da transmissão de doenças mitocondriais graves de mãe para filho. Ainda assim, foi pouco usada no país, e, em casos isolados, em Israel e Ucrânia. O ensaio clínico em questão contemplou tal condição, mas incluiu também voluntárias com “múltiplos fracassos de fertilização in vitro”.
A mudança de escopo causou “preocupação” em meio a médicos britânicos, que acham “moralmente muito diferente” o uso para “prevenir doenças” e o destinado a “tratar a fertilidade”.
Fontes: Revista Time, BBC News e CNN

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