"CRONÔMETRO” DA FERTILIDADE E CONFLITO DE INTERESSES

Resultado de imagem para fertilidade feminina

Mulheres de menos de 30 anos devem ser rastreadas como rotina para avaliar a fertilidade como acontece com o câncer de colo de útero, sugere estudo recente divulgado no Australian Journal of Primary Health. Entre as participantes, 74% afirmaram que alterariam seu planejamento de vida reprodutiva se fosse identificada baixa reserva ovariana.
A proposta é usar um teste que mede o hormônio anti-mulleriano (sigla em inglês AMH, conhecido também como “cronômetro da fertilidade”), para avaliar a reserva ovariana e evitar eventuais decepções vinculadas à infertilidade precoce. O principal autor da pesquisa, Kelton Tremellen, da Flinders University, Austrália, considera que “o AMH poderia ser usado por médicos da área para ajudar as mulheres a tomarem decisões informadas”.
Há quem discorde. Karin Hammarberg, do órgão normatizador em RA na província de Victoria, avalia que a pesquisa foi “enganosa e manipulada”, devido ao vínculo não declarado de Tremellen com uma clínica que se beneficiaria com a expansão das testagens. Vai além: “além de possíveis danos psicológicos, testes inadequados podem levar mais mulheres a intervenções dispendiosas e desnecessárias”.
O ponto de vista vem ao encontro da posição da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina da Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), segundo a qual a avaliação de reserva ovariana como previsão de longevidade feminina “é arriscada”, pois a maioria dos testes não garante a capacidade reprodutiva dos gametas.
Fontes: ABC News Science, Australian Journal of Primary Health e site da Febrasgo


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