Tumor Phyllodes





TUMOR PHYLLODES


É um tumor de mama que pode ser benigno ou maligno (câncer) e acomete, principalmente, mulheres de 35 a 55 anos de idade, sendo raríssimo em homens. Segundo a literatura, de 2 a 50% dos tumores Phyllodes são malignos. Em somente 1% dos casos ele acomete ambas as mamas e em um quinto dos casos pode ter o carcinoma mamário associado. Tem como características ser um nódulo de crescimento rápido, indolor e de bordas bem definidas. Quando as margens são bem definidas estão associados a bom prognóstico (melhor chance de cura). Margens infiltradas estão associadas à maiores chances de recorrência e metástase. Os tumores malignos têm celularidade muito aumentada. O número de mitoses também é levada em conta. Mitose é o processo onde as células dividem seus cromossomos entre duas células filhas. Geralmente, quando há mais de 10 mitoses, os tumores são malignos. A presença de necrose (morte celular) também está associada à malignidade. O tumor Phyllodes se parece com o fibroadenoma (tumor sólido benigno muito frequente). A celularidade é que vai diferenciar os dois. Análises de prontuários de pacientes de 1988 a 1996, no setor de mastologia da Maternidade Odete Valadares, concluíram que a sobrevida após o diagnóstico de tumor Phyllodes, em 21 pacientes, foi de 84% em dois anos e de 54% em 5 anos. O tratamento consiste na remoção adequada do tumor, com mastectomia radical para aqueles que se infiltram nas fáscias e na musculatura. A metástase dos tumores Phyllodes malignos ocorre via sanguínea. Raras vezes os gânglios linfáticos (linfonodos) são acometidos. As metástases atingem com mais frequência os pulmões, a parede do tórax e os ossos. Para os pulmões e para a parede torácica o tratamento pós cirúrgico escolhido é a quimioterapia e para as metástases ósseas, com pacientes sintomáticas (com dores), é realizada a radioterapia. A radio também é indicada nos casos de doença residual, pós cirurgia, irressecável. Todos os tumores palpáveis devem ser submetidos à investigação e biópsia para o adequado diagnóstico. A partir do diagnóstico (benigno ou maligno) é que vamos propor o tratamento mais indicado. 


Coluna Saúde da Mulher - assinada pela Dra. Elaine K. Vasconcelos - Ginecologista, Obstetra e Mastologista - CRM: 101324.
Imagem by Mari Martins




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