Álcool e energético: mistura pode ser explosiva para o coração





Mistura comum entre os jovens, o consumo de álcool com energéticos pode levar ao aumento da pressão arterial, causar palpitações (taquicardia).
Geralmente, uma bebida destilada é misturada com o estimulante, que adoça o sabor amargo da primeira.
O álcool causa euforia, e o energético ajuda a potencializar essa sensação, já que cada latinha equivale a três cafés expressos. Estimulado e com o sabor adocicado, o indivíduo consegue beber de três a quatro doses facilmente.
“O problema é que o álcool em excesso (no caso da vodca, por exemplo, mais que uma dose de 30ml) aumenta a frequência cardíaca e a pressão, então dá aquela sensação de coração acelerado. Logo, o músculo cardíaco precisa trabalhar muito mais para conseguir bombear sangue. Além disso, o etanol é substância tóxica que lesa órgãos como cérebro, coração, fígado e pâncreas. Já os energéticos possuem cafeína e taurina, que estimulam a produção de adrenalina, aumentando a tensão nervosa e a irritabilidade”, afirma a presidente da SOCERJ (Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro), Olga Ferreira de Souza.
Para se ter uma ideia de como a mistura dessas bebidas fazem parte da vida do jovem, o I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas da USP (Universidade de São Paulo), publicado em 2010, mostrou que 74% dos universitários brasileiros relataram já ter consumido esta combinação pelo menos uma vez na vida.
Um dos grandes riscos é o jovem ter algum problema cardíaco ainda não diagnosticado, para o qual a mistura das bebidas pode ser extremamente prejudicial. “O jovem não faz habitualmente avaliação clínica e cardiológica. Muitos adolescentes hoje em dia são hipertensos e não sabem, o que torna esse consumo desenfreado perigoso”, completa a cardiologista.


Alterações após feriado
Existe um fenômeno denominado “Holiday Heart Syndrome”, algo como “Síndrome do Coração Pós-feriado”, em tradução livre. Um dia após o término de um feriado, é comum os prontos socorros ficarem abarrotados de pessoas que sentem o coração acelerado, desconforto no peito e palpitações. O motivo, muitas vezes, é o consumo abusivo de álcool.
“A arritmia típica dessa síndrome é a chamada fibrilação atrial. Tem paciente que chega com o coração a 180 batimentos por minuto (o normal em repouso são de 60 a 100 batidas)”, diz a dra. Olga. Em geral, esses pacientes, não costumam apresentar histórico prévio de doenças cardíacas. Dessa forma, tal problema é tratado somente com administração de medicamentos, mas o melhor é não arriscar. O resultado pode ser mais grave se o paciente já tiver problemas cardíacos.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia



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