Autodefinição
Na folha branca de papel faço o meu risco Retas e curvas entrelaçadas E prossigo atento e tudo arrisco na procura das formas desejadas São templos e palácios soltos pelo ar, pássaros alados, o que você quiser Mas se os olhar um pouco devagar, encontrará, em todos, os encantos da mulher Deixo de lado o sonho que sonhava A miséria do mundo me revolta Quero pouco, muito pouco, quase nada A arquitetura que faço não importa O que eu quero é a pobreza superada, a vida mais feliz, a pátria mais amada. Poema by Oscar Niemeyer Imagem by Google