Biolarvicida obtido do bagaço da cana mata larvas de Aedes aegypti
Pesquisadores da Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo (EEL-USP) desenvolveram um biolarvicida a partir do bagaço da cana-de-açúcar capaz de eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti – transmissor dos vírus da dengue, Zika e chikungunya – ao dificultar a respiração e destruir a cutícula (exoesqueleto) que as revestem. O processo de produção do biolarvicida, que foi patenteado, resulta do projeto " Biossurfactantes como moléculas versáteis ", feito com apoio da FAPESP, e do trabalho de doutorado de Paulo Franco, realizado na EEL-USP. “Constatamos que o produto é capaz de matar as larvas do mosquito Aedes aegypti até 24 horas após ser diluído na água e destruí-las após 48 horas”, disse Silvio Silvério da Silva, professor da EEL-USP e coordenador do projeto, à Agência FAPESP. De acordo com Silva, que orienta o doutorado de Franco na área de biotecnologia industrial, o produto é um surfactante – composto capaz de reduzir a tensão s