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Pessoa, para os íntimos...

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BOCAS ROXAS de vinho, Testas brancas sob rosas, Nus, brancos antebraços Deixados sobre a mesa; Tal seja, Lídia, o quadro Em que  fiquemos, mudos, Eternamente inscritos Na consciência dos deuses. Antes isto que a vida Como os homens a vivem, Cheia da negra poeira Que erguem das estradas. Só os deuses socorrem Com seu exemplo aqueles Que nada mais pretendem Que ir no rio das coisas. Poema by Fernando Pessoa - 1915 Foto by Mari Martins

A era humana

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                                                                                       © GIANLUIGI GUERCIA / AFP No final de abril, um grupo internacional formado por geólogos, arqueólogos, geoquímicos, oceanógrafos e paleontólogos participou de um encontro em Oslo, na Noruega. O objetivo inicial da reunião, que fez sentar à mesma mesa pesquisadores de áreas tão distintas, era consolidar uma proposta a ser apresentada em agosto na África do Sul para marcar o início do processo de reconhecimento oficial de que a Terra vive uma nova época geológica: o Antropoceno, a era dos seres humanos. Após dois dias de discussão, porém, o grupo decidiu adiar para 2018 a proposta de formalização do Antropoceno. Até lá, devem ser reunidas mais evidências de que as transformações ambientais provocadas pela ação humana são tão intensas que já produziram marcas indeléveis no registro geológico do planeta. “Queremos apresentar uma proposta suficientemente robusta para que a comunidade científica

Youtubers na ciência

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      © LÉO RAMOS Com a Teoria da Relatividade Restrita, Albert Einstein demonstrou em 1905 que a energia de um objeto varia em função de sua massa e velocidade. Cento e onze anos depois, a mesma teoria serviu para colocar ponto final numa controvérsia que inspira fãs de quadrinhos (HQs) há décadas: qual super-herói tem o soco mais forte? Em um dos primeiros vídeos publicados pelo canal Nerdologia, no YouTube, o biólogo Atila Iamarino sugere que é o Flash, e não o Hulk ou o Super-Homem. Em tom bem-humorado, citando HQs e fórmulas da física, Iamarino explica que, ao atingir velocidade próxima à da luz, Flash seria capaz de dar um soco com impacto equivalente à explosão de 4 milhões de bombas de fusão nuclear, liberando energia suficiente para atear fogo em toda a atmosfera terrestre. O vídeo “viralizou”, isto é, propagou-se rapidamente na internet e teve mais de 1 milhão de visualizações. “Conseguimos atingir um público amplo, não necessariamente interessado por ciência”,

Um índio

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Vídeo do YouTube Caetano Veloso - Um Índio

A Rua dos Cataventos

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(...) Não sei que paisagista doidivanas Mistura os tons... acerta... desacerta...   Sempre em busca de nova descoberta,   Vai colorindo as horas quotidianas...   Jogos da luz dançando na folhagem!   Do que eu ia escrever até me esqueço...   Pra que pensar? Também sou da paisagem...   Mário Quintana - Trecho de "A Rua dos Cataventos" Foto by Mari Martins

Debaixo D'Água

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Vídeo do YouTube Maria Bethânia - Show "Dentro do mar tem rio" Música de Arnaldo Antunes - Debaixo D'Água

A Fotografia

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“No fundo, a fotografia é subversiva,  não quando aterroriza,  perturba ou mesmo estigmatiza,  mas quando é pensativa” Poema by Roland Barthes Foto by Mari Martins

Identidade

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Preciso ser um outro para ser eu mesmo Sou grão de rocha Sou o vento que a desgasta Sou pólen sem insecto Sou areia sustentando o sexo das árvores Existo onde me desconheço aguardando pelo meu passado ansiando a esperança do futuro No mundo que combato morro no mundo por que luto nasço Mia Couto em “Raiz de Orvalho e Outros Poemas”, publicado em 1983.

Suavíssima

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Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . . No céu de outono, anda um langor final de pluma Que se desfaz por entre os dedos, vagamente . . . Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . . Tudo se apaga, e se evapora, e perde, e esfuma . . . Fica-se longe, quase morta, como ausente . . . Sem ter certeza de ninguém . . . de coisa alguma . . . Tem-se a impressão de estar bem doente, muito doente, De um mal sem dor, que se não saiba nem resuma . . . E os galos cantam, no crepúsculo dormente . . . Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . . A alma das flores, suave e tácita, perfuma A solitude nebulosa e irreal do ambiente . . . Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . . Tão para lá! . . . No fim da tarde . . . além da bruma . . . E silenciosos, como alguém que se acostuma A caminhar sobre penumbras, mansamente, Meus sonhos surgem, frágeis, leves como espuma . . . Põem-se a tecer frases de amor, uma por uma . . . E os gal

Instituto Butantan oferece curso sobre dor e analgesia

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O Centro de Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular ( CeTICS ), no Instituto Butantan, realizará, de 25 a 29 de julho de 2016, o 1º Curso de Inverno em Dor e Sinalização Intracelular. O curso, voltado a alunos de graduação e recém-formados na área da saúde, tem duração de 40 horas e abordará o tema dor e analgesia. A coordenação é de Vanessa Zambelli, pesquisadora do Laboratório Especial de Dor e Sinalização. Entre os principais tópicos do curso estão: epidemiologia e relevância do estudo da dor; anatomia das vias de dor; mediação química da dor aguda e crônica; receptores e canais envolvidos na dor e analgesia; e técnicas de laboratório utilizadas no estudo da dor. Serão oferecidas 20 vagas, sendo a inscrição efetivada apenas mediante o envio prévio de currículo resumido e de carta explicando o interesse em participar do curso. O envio deverá ser feito até 10 de junho para: cursos.cultural@butantan.gov.br. A relação dos aprovados será divulgada em 13 de junho e o

Jabitaca

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Fonte: YouTube Gal Costa - Jabitaca

Educação como matéria-prima. Aprendizado no museu.

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© EVGEN BAVCAR/DIVULGAÇÃO Sem título , 1946, do fotógrafo esloveno Evgen Bavcar, figura central da exposição Educação como matéria-prima , exposição em cartaz no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, ilumina um aspecto pouco visível, mas fundamental para as instituições museológicas: a relação entre a experiência artística e a produção de conhecimento. A mostra, que celebra os 20 anos de atividade do setor educativo do museu, lida com aspectos importantes da criação e da percepção estética. Uma equipe fixa de sete educadores, responsáveis, entre outras tarefas, por uma agenda de programas permanentes e temporários, além de atendimento a escolas e formação de professores, constitui o setor. Na exposição atual, a educação não é apenas um tema ou um mote curatorial, mas um conjunto de obras em diálogo, de sete autores, que compartilham o fato de terem o conhecimento, o aprendizado e a relação entre o público e a obra como elementos constitutivos do próprio trabalho artístico

Plataforma gratuita pretende auxiliar estudantes de qualquer nível acadêmico

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Formatar as referências bibliográficas no final de um estudo acadêmico é um momento de resignação para muitos. Há regras que devem ser obedecidas para se colocar o nome do autor, do artigo e da publicação, além de outras identificações. Para tornar esse trabalho mais fácil e rápido, o engenheiro de produção Daniel Alon Antar criou um site que faz esse serviço. Basta preencher os campos específicos, sem a formatação e com dados presentes nas publicações, que o software põe as referências dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Daniel teve a ideia depois de sair de uma aula de metodologia científica quando estudava na  Pontifícia Universidade Católica do Paraná  (PUCPR), em Curitiba. “Saí da aula pensando em como fazer isso e depois de verificar que não há nada parecido de uso fácil, cheguei a uma plataforma computacional que serve a alunos de qualquer nível acadêmico”, conta Daniel. O  site , por enquanto, é gratuito. Ele criou uma empresa, a Ment

Mortal loucura

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Vídeo do YouTube Maria Bethânia - Mortal loucura

Mais de 300 livros digitais gratuitos são oferecidos pela Unesp

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A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unesp e a Fundação Editora da Unesp lançaram 36 novos livros digitais nas áreas de Ciências Humanas, Ciências Sociais e Aplicadas e Linguística, Letras e Artes, com acesso totalmente gratuito. O Programa de Publicações Digitais foi criado em 2009, com trabalhos de docentes, pós-graduandos e pós-graduados sendo selecionados pelos Conselhos de Programas de Pós-Graduação. As obras escolhidas são editadas pelo selo Cultura Acadêmica da Fundação Editora da Unesp. Os novos 36 títulos estarão disponíveis na internet no formato Creative Commons (licença para uso não comercial, vedada a criação de obras derivadas) no site  www.culturaacademica.com.br . Segundo a Unesp, o Programa de Publicações Digitais é o maior projeto de difusão de publicações de uma universidade brasileira e único no sentido de conceber a publicação original de obras em formato digital. Com os novos títulos, a coleção totaliza 322 títulos. Já foram realizados mais de 21 mil