20 perguntas sobre HPV
Saiba mais sobre o vírus de transmissão sexual mais comum no mundo
Apesar das grandes campanhas nacionais contra a doença, ainda existem boatos, mitos e fake news sobre a eficácia da vacina. Para desmitificar diversas controvérsias, conversamos com o dr. Alfredo Elias Gilio, coordenador da Clínica de Imunização do Einstein, e dr. Sérgio Podgaec, ginecologista do Einstein. Confira abaixo:
O que é HPV? Quais os tipos?
O HPV é papiloma vírus humano. Existem mais de 100 subtipos de vírus, mas cerca de 40 subtipos de vírus da família HPV podem contaminar a região genital, sendo alguns deles mais graves, por exemplo, os subtipos 16 e 18, que possuem uma clara associação com o desenvolvimento de câncer.
Quais as formas de contágio?
O contagio pode ocorrer no contato pele a pele, principalmente durante a relação sexual com penetração vaginal e/ou anal, mas também durante o sexo oral, assim como em qualquer contato com a região genital, inclusive com as mãos. Por esse motivo, os preservativos não garantem proteção completa, já que não conseguem proteger toda a região genital do contato com a pele. Importante reforçar que o contágio com HPV não ocorre por contato com objetos, como toalhas e assentos sanitários.
A doença apresenta sintomas?
Na grande maioria dos casos, a infecção é assintomática, mas alguns subtipos do vírus podem causar o aparecimento de verrugas genitais.
Como é feito o diagnóstico?
A presença do vírus, mesmo em pacientes sem nenhum sintoma, pode ser detectada por exames moleculares em secreção vaginal. O diagnóstico das verrugas genitais decorrentes do HPV é clínico e pode ser confirmado por biópsia. As lesões precursoras do câncer de colo uterino podem ser detectadas por exames específicos, como por exemplo, o Papanicolau e a colposcopia.
Como é feito o tratamento do HPV?
O tratamento depende do local e da gravidade das lesões. A maioria das pessoas com o HPV irá eliminar o vírus espontaneamente com a própria imunidade. Não necessitando de nenhum tratamento, apenas acompanhamento. Lesões precursoras do câncer podem necessitar de tratamentos específicos, como cirurgias no colo uterino para evitar que continuem progredindo e cheguem ao estágio maligno. Para o tratamento das verrugas é realizado a cauterização com produtos químicos ou laser.
Quais doenças podem surgir a partir de uma contaminação por HPV?
A maioria das pessoas que entram em contato com o HPV não desenvolvem problemas de saúde. Porém, alguns vírus da família HPV podem causar verrugas na região genital ou nas áreas cutâneas fora dessa região. De modo geral, esses subtipos virais são menos associados ao desenvolvimento de câncer. Outros subtipos do vírus HPV são responsáveis pelo desenvolvimento de tumores malignos no colo do útero, na região anal e no pênis. O vírus também pode causar alguns tipos de câncer da orofaringe.
É verdade ou mito que o preservativo masculino não protege contra o HPV?
É verdade em termos, pois o fato de proteger parte da região genital é extremamente importante para diminuir o risco de contágio. Ou seja, o preservativo protege de forma parcial.
O preservativo feminino tem um fator de proteção maior que o preservativo masculino?
Não, já que o preservativo não consegue proteger todo o contato da pele durante a relação sexual.
Quais os números da doença no Brasil e no mundo?
Estima-se que até 80% dos adultos com vida sexual ativa já entraram em contato com o HPV, mas isso não quer dizer presença de infecção, pois, na maioria das vezes, a doença não se desenvolve.
Como a vacina protege contra o HPV?
A vacina estimula a produção de anticorpos. Assim, essas células de defesa estarão preparadas para combater a doença em suposto contato com o HPV.
A vacina protege contra todos os vírus, logo, contra todos os tipos da doença?
Não, mas protege contra os principais subtipos de vírus associados ao câncer. Então, a probabilidade de ter alguma doença decorrente do HPV se torna extremamente baixa em quem foi vacinado.
A vacina é segura?
A vacina contra o HPV já foi testada em mais de 20 mil mulheres de 33 países. Ela mostrou que é eficaz em reduzir o aparecimento de lesões que resultam no câncer do colo do útero, doença que ainda mata milhares de mulheres em todo o país. Os efeitos colaterais mais comuns foram dor e vermelhidão no local da aplicação. A ocorrência de reação anafilática é extremamente rara.
A vacina pode causar cegueira ou paralisia?
A vacina para HPV é bastante segura. Não causa cegueira ou paralisia. Os eventos adversos mais comuns são dor no local da aplicação e hiperemia no local, que aparece nas primeiras 48 horas e desaparecem espontaneamente.
A vacina de HPV pode influenciar o desenvolvimento sexual precoce de crianças?
Não.
Homens e crianças podem tomar a vacina?
Há 2 produtos comerciais: um deles está aprovado para uso no sexo masculino de 9 a 26 anos de idade e no sexo feminino de 9 a 45 anos de idade. O outro aprovado apenas para uso no sexo feminino a partir de 10 anos de idade.
O HPV pode ser transmitido no parto?
Sim, no parto vaginal, podendo causar na criança uma doença chamada papilomatose laríngea. Os vírus envolvidos são os subtipos 06 e 11, também cobertos pela vacina quadrivalente (subtipos 6 e 11).
O HPV pode deixar a mulher estéril?
Não.
O HPV é perigoso?
Não há mortalidade associada à simples infecção pelo vírus, e sim pelas doenças malignas que ele pode causar. De modo geral, os cânceres decorrentes da infecção pelo HPV se desenvolvem ao longo de muitos anos, podendo ser diagnosticados e tratados antes de se tornarem um câncer invasivo.
É possível desenvolver a doença e ela se manifestar apenas anos depois?
Sim, é possível contrair a infecção pelo HPV e não manifestar nenhum sintoma durante muito tempo, e posteriormente ter alguma lesão mais grave. Isso ocorre em pequena porcentagem de pessoas que não eliminam espontaneamente o vírus pela imunidade própria.
Você pode contrair o vírus e não desenvolver nenhuma doença?
A maioria das pessoas que entra em contato com o HPV não irá desenvolver nenhuma doença, porém é impossível prever quem vai se curar e quem vai desenvolver um câncer. Por isso que o seguimento é muito importante frente a uma infecção pelo HPV.
Para saber ainda mais sobre a doença, acesse nosso Guia de Doenças.
Fonte: Dr. Sérgio Podgaec, ginecologista do Einstein e Dr. Alfredo Elias Gilio, coordenador da Clínica de Imunização do Einstein.
O que é HPV? Quais os tipos?
O HPV é papiloma vírus humano. Existem mais de 100 subtipos de vírus, mas cerca de 40 subtipos de vírus da família HPV podem contaminar a região genital, sendo alguns deles mais graves, por exemplo, os subtipos 16 e 18, que possuem uma clara associação com o desenvolvimento de câncer.
Quais as formas de contágio?
O contagio pode ocorrer no contato pele a pele, principalmente durante a relação sexual com penetração vaginal e/ou anal, mas também durante o sexo oral, assim como em qualquer contato com a região genital, inclusive com as mãos. Por esse motivo, os preservativos não garantem proteção completa, já que não conseguem proteger toda a região genital do contato com a pele. Importante reforçar que o contágio com HPV não ocorre por contato com objetos, como toalhas e assentos sanitários.
A doença apresenta sintomas?
Na grande maioria dos casos, a infecção é assintomática, mas alguns subtipos do vírus podem causar o aparecimento de verrugas genitais.
Como é feito o diagnóstico?
A presença do vírus, mesmo em pacientes sem nenhum sintoma, pode ser detectada por exames moleculares em secreção vaginal. O diagnóstico das verrugas genitais decorrentes do HPV é clínico e pode ser confirmado por biópsia. As lesões precursoras do câncer de colo uterino podem ser detectadas por exames específicos, como por exemplo, o Papanicolau e a colposcopia.
Como é feito o tratamento do HPV?
O tratamento depende do local e da gravidade das lesões. A maioria das pessoas com o HPV irá eliminar o vírus espontaneamente com a própria imunidade. Não necessitando de nenhum tratamento, apenas acompanhamento. Lesões precursoras do câncer podem necessitar de tratamentos específicos, como cirurgias no colo uterino para evitar que continuem progredindo e cheguem ao estágio maligno. Para o tratamento das verrugas é realizado a cauterização com produtos químicos ou laser.
Quais doenças podem surgir a partir de uma contaminação por HPV?
A maioria das pessoas que entram em contato com o HPV não desenvolvem problemas de saúde. Porém, alguns vírus da família HPV podem causar verrugas na região genital ou nas áreas cutâneas fora dessa região. De modo geral, esses subtipos virais são menos associados ao desenvolvimento de câncer. Outros subtipos do vírus HPV são responsáveis pelo desenvolvimento de tumores malignos no colo do útero, na região anal e no pênis. O vírus também pode causar alguns tipos de câncer da orofaringe.
É verdade ou mito que o preservativo masculino não protege contra o HPV?
É verdade em termos, pois o fato de proteger parte da região genital é extremamente importante para diminuir o risco de contágio. Ou seja, o preservativo protege de forma parcial.
O preservativo feminino tem um fator de proteção maior que o preservativo masculino?
Não, já que o preservativo não consegue proteger todo o contato da pele durante a relação sexual.
Quais os números da doença no Brasil e no mundo?
Estima-se que até 80% dos adultos com vida sexual ativa já entraram em contato com o HPV, mas isso não quer dizer presença de infecção, pois, na maioria das vezes, a doença não se desenvolve.
Como a vacina protege contra o HPV?
A vacina estimula a produção de anticorpos. Assim, essas células de defesa estarão preparadas para combater a doença em suposto contato com o HPV.
A vacina protege contra todos os vírus, logo, contra todos os tipos da doença?
Não, mas protege contra os principais subtipos de vírus associados ao câncer. Então, a probabilidade de ter alguma doença decorrente do HPV se torna extremamente baixa em quem foi vacinado.
A vacina é segura?
A vacina contra o HPV já foi testada em mais de 20 mil mulheres de 33 países. Ela mostrou que é eficaz em reduzir o aparecimento de lesões que resultam no câncer do colo do útero, doença que ainda mata milhares de mulheres em todo o país. Os efeitos colaterais mais comuns foram dor e vermelhidão no local da aplicação. A ocorrência de reação anafilática é extremamente rara.
A vacina pode causar cegueira ou paralisia?
A vacina para HPV é bastante segura. Não causa cegueira ou paralisia. Os eventos adversos mais comuns são dor no local da aplicação e hiperemia no local, que aparece nas primeiras 48 horas e desaparecem espontaneamente.
A vacina de HPV pode influenciar o desenvolvimento sexual precoce de crianças?
Não.
Homens e crianças podem tomar a vacina?
Há 2 produtos comerciais: um deles está aprovado para uso no sexo masculino de 9 a 26 anos de idade e no sexo feminino de 9 a 45 anos de idade. O outro aprovado apenas para uso no sexo feminino a partir de 10 anos de idade.
O HPV pode ser transmitido no parto?
Sim, no parto vaginal, podendo causar na criança uma doença chamada papilomatose laríngea. Os vírus envolvidos são os subtipos 06 e 11, também cobertos pela vacina quadrivalente (subtipos 6 e 11).
O HPV pode deixar a mulher estéril?
Não.
O HPV é perigoso?
Não há mortalidade associada à simples infecção pelo vírus, e sim pelas doenças malignas que ele pode causar. De modo geral, os cânceres decorrentes da infecção pelo HPV se desenvolvem ao longo de muitos anos, podendo ser diagnosticados e tratados antes de se tornarem um câncer invasivo.
É possível desenvolver a doença e ela se manifestar apenas anos depois?
Sim, é possível contrair a infecção pelo HPV e não manifestar nenhum sintoma durante muito tempo, e posteriormente ter alguma lesão mais grave. Isso ocorre em pequena porcentagem de pessoas que não eliminam espontaneamente o vírus pela imunidade própria.
Você pode contrair o vírus e não desenvolver nenhuma doença?
A maioria das pessoas que entra em contato com o HPV não irá desenvolver nenhuma doença, porém é impossível prever quem vai se curar e quem vai desenvolver um câncer. Por isso que o seguimento é muito importante frente a uma infecção pelo HPV.
Para saber ainda mais sobre a doença, acesse nosso Guia de Doenças.
Fonte: Dr. Sérgio Podgaec, ginecologista do Einstein e Dr. Alfredo Elias Gilio, coordenador da Clínica de Imunização do Einstein.
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