Exposição à fumaça de cigarro durante a gravidez
EXPOSIÇÃO À FUMAÇA DE CIGARRO DURANTE A GRAVIDEZ
Sabemos que a exposição materna à fumaça de cigarro durante a gestação traz prejuízos às saúdes da mãe e do feto, tais como: Maior chance de baixo peso ao nascer, no concepto, devido à hipóxia fetal (baixa de oxigênio). A hipóxia é provocada pela vasoconstrição materna e pela vascularização uterina prejudicada; Parto prematuro; Síndrome da morte súbita no bebê; Alterações no desenvolvimento do sistema nervoso fetal e predisposição ao aparecimento de diabetes e dislipidemias (alterações no colesterol). Além disso, podem ocorrer: Baixa produção de leite; Icterícia neonatal; Descolamento prematuro da placenta e gravidez tubárea. O efeito tóxico do cigarro pode prejudicar o tecido do pâncreas atrapalhando o transporte de glicose. Um artigo da UNIFESP de Ribeirão Preto, publicado na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia/ Dezembro de 2010, vol 32 - nº 12, fala sobre estudo realizado com a exposição de cobaias (roedores) à fumaça de cigarro durante a gestação e lactação.Tal estudo evidenciou que a exposição à nicotina provocou a redução do peso corpóreo das cobaias durante a prenhez e a lactação, bem como alterou os perfis lipídico e glicêmico e a produção láctea. A inalação da nicotina promove a elevação de alguns neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, substâncias inibidoras da ingestão de alimentos, o que explica a diminuição do peso corporal das cobaias expostas à fumaça de cigarro. A glicemia de jejum dos filhotes das cobaias também estava aumentada. Na idade adulta os filhotes apresentaram pesos corporais e teciduais reduzidos. Portanto, está mais do que evidente, o prejuízo trazido pelo cigarro, tanto para as gestantes quanto para os conceptos.
Coluna Saúde da Mulher - assinada pela Dra. Elaine K. Vasconcelos - Ginecologista, Obstetra e Mastologista - CRM: 101324.
Imagem by Mari Martins
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