Unesp cria kit educativo para ajudar no ensino de genética nas escolas

Unesp cria kit educativo para ajudar no ensino de genética nas escolas



Pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (IB-Unesp) em Botucatu, em parceria com estudantes de Ensino Médio do Colégio Embraer – Casemiro Montenegro Filho, desenvolveram um kit educativo para auxiliar o ensino de genética nas escolas.
O projeto teve apoio da FAPESP.
O material pedagógico é formado por peças confeccionadas em impressoras 3D, presas a um quadro metálico com auxílio de ímãs. O objetivo é reproduzir a montagem de um cariótipo – o conjunto de cromossomos de uma determinada espécie – para estudo de alterações cromossômicas. Uma ideia relativamente simples, mas bastante prática.
O material didático é leve e pode ser transportado facilmente pelo professor na bolsa. Para desenvolver o material educativo, o IB-Unesp estabeleceu uma colaboração com o Colégio Embraer e alguns de seus alunos, que, por meio de uma disciplina específica, ficaram responsáveis pela criação do kit.
“Temos uma disciplina chamada ‘Projetos Abrangentes’, cujo objetivo é instigar os estudantes a desenvolver soluções para problemas reais. Esses projetos devem se pautar pela relevância acadêmica, social e econômica. E o que esta iniciativa busca é justamente isso: fazer a ciência tocar os jovens na prática”, disse Renato Augusto, diretor do colégio, à assessoria de comunicação da Unesp.
“Esse kit permite ao jovem aluno compreender melhor as alterações genéticas associadas a várias síndromes. E esse projeto de cooperação tem justamente essa proposta: trabalhar ensino e aprendizagem de uma forma diferenciada, com materiais que permitam a interatividade”, disse Adriane Wasko, professora do Departamento de Genética do IB e uma das responsáveis pela produção do material educativo.
Maria Eduarda Franco, uma das alunas do 2º ano do Colégio Embraer envolvidas no projeto, contou que não tinha muita familiaridade com o tema. Mas, à medida que ela e os colegas de classe passaram a se envolver no projeto, foram descobrindo que a ciência pode ser transformadora.
“Havíamos estudado apenas estrutura básica do DNA, o conhecimento básico do 1º ano do Ensino Médio. O que mais abriu a minha cabeça nesse tempo em que trabalhei no projeto foi o fato de que o protótipo seria uma chance de uma grande melhoria na base do ensino de genética nas escolas públicas. Foi realmente o que me deixou mais animada”, contou a estudante.
De acordo com Wasko, o passo seguinte é desenvolver o protótipo final, apresentá-lo em eventos e entrar com o processo de patenteamento para posterior produção em maior escala e distribuição em escolas públicas. 
Fonte: Agência Fapesp

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