Parkinsonismo, ou síndrome parkinsoniana

Parkinsonismo, ou síndrome parkinsoniana, não constitui uma enfermidade em si mesma. É um conjunto de sinais e sintomas - tremor em repouso, rigidez muscular, acinesia e bradicinesia (dificuldade e lentidão dos movimentos, respectivamente), postura fletida (curvada) e comprometimento do equilíbrio - resultantes de diversas condições clinicas, que têm causas diferentes e tratamento específico.
A síndrome pode ser classificada em três tipos principais: parkinsonismo primário, secundário e parkinsonismo-plus ou atípico.
A doença de Parkinson é responsável por aproximadamente 75% do total de casos de parkinsonismo e por cerca de 2/3 dos casos de parkinsonismo primário ou idiopático, sem causa conhecida ou identificada. Em geral, os sintomas clássicos aparecem depois dos 50, 60 anos de idade, como resultado da degeneração dos neurônios na parte compacta da substância negra do cérebro e, consequentemente, da baixa produção de dopamina.
Já nos casos parkinsonismo secundário, é possível identificar a causa do aparecimento dos sintomas que podem ser reversíveis, desde que identificados e tratados. Quadros de parkinsonismo secundário podem estar relacionados com o uso de medicamentos neurolépticos (inibidores das funções psicomotoras) e contra a hipertensão, pela exposição a produtos tóxicos, por traumatismos cranioencefálicos e certos distúrbios metabólicos.
No parkinsonismo-plus ou atípico, o processo degenerativo pode afetar vários núcleos cerebrais, é mais incapacitante e de evolução mais rápida. Pelo menos dois sintomas característicos da síndrome - distúrbios motores e rigidez muscular - estão presentes e associados a alterações neurológicas ou do sistema nervoso autônomo.
Essa forma de parkinsonismo é constituída por um grupo de doenças de causa idiopática que possuem um quadro clínico semelhante ao da doença de Parkinson, o que dificulta estabelecer o diagnóstico e justifica o nome atípico. Mas há diferenças importantes: na síndrome parkinsoniana, os sintomas acometem simultaneamente os dois lados do corpo e os pacientes não se beneficiam com as drogas utilizadas no tratamento da doença de Parkinson.
Fontes:
Doença de Parkinson – entrevista – João Carlos Papaterra Limongi - www.drauziovarella.com.br
Parkinson, por dentro do mistério – Fernanda Vomero e Adriano Sambugaros – Revista Superinteressante
Parkinson’s deseases – www.mayoclinic.org/diseases and conditions
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