Estava tranquila, apesar do trem lotado das 18 horas, ouvindo o Deezer. De repente... a música parou e percebi que só restavam o fone no ouvido e o fio pendurado. – Meu Deus, roubaram meu celular! Como por milagre abriu-se um espaço no vagão. A maioria, muito solidária, procurava no chão, para ver se, por acaso, ele havia caído. Um rapaz pediu o número e ligou, para ver se tocava em algum lugar. “Não está na sua bolsa?”, “Na sacolinha da marmita?”. (Quer parar de reparar na sacolinha da marmita?). Não, não está. Foi aí que me lembrei daquela senhorinha bem idosa. Juro. Aquela, que entrou na estação Pedro II, parou atrás de mim, me espremeu um pouco, e desceu no Brás. Nãoooo... pelo amor! Foi quando outro senhor idoso (esse aparentemente decente) captou meu pensamento. “Aquela senhora não estava com você? Notei que segurou na sua cintura quando entrou, mas logo saiu”. Silêncio, caras de espanto. “Rapaz, que safada”... Por favor. Não digam algo como “podia ser alguém co