Com a taça na mão, interrogo a lua
A lua está no céu sombrio. Quando chegou?
Pouso a minha taça, para fazer-lhe essa pergunta.
Os que querem apanhar a lua não o podem conseguir.
No entanto, no seu curso, a lua acompanha os homens.
É deslumbrante como um espelho voador, diante do Pavilhão vermelho.
As brumas azuis se extinguem e desaparecem e seu puro esplendor cintila.
Vêmo-la somente à noite subir do mar e perder-se nas nuvens.
Os homens de hoje não vêem mais a lua de outrora.
A lua de hoje iluminava os homens do passado.
Os homens do passado, homens de hoje - torrente que flui -
todos contemplam a lua, que a todos parece a mesma.
Tudo o que desejo é que, à hora de cantar e beber,
o luar se reflita sempre no fundo da taça de ouro.
Pouso a minha taça, para fazer-lhe essa pergunta.
Os que querem apanhar a lua não o podem conseguir.
No entanto, no seu curso, a lua acompanha os homens.
É deslumbrante como um espelho voador, diante do Pavilhão vermelho.
As brumas azuis se extinguem e desaparecem e seu puro esplendor cintila.
Vêmo-la somente à noite subir do mar e perder-se nas nuvens.
Os homens de hoje não vêem mais a lua de outrora.
A lua de hoje iluminava os homens do passado.
Os homens do passado, homens de hoje - torrente que flui -
todos contemplam a lua, que a todos parece a mesma.
Tudo o que desejo é que, à hora de cantar e beber,
o luar se reflita sempre no fundo da taça de ouro.
Li Po (poeta chinês 701-762) – traduzido por Cecília Meireles
Foto by Mari Martins - Observatório Astronômico Maya
Foto by Mari Martins - Observatório Astronômico Maya
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