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Mostrando postagens com o rótulo Saúde e bem estar

Estudo revela mecanismo pelo qual o ácido úrico causa dano vascular

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  Agência FAPESP * – Cientistas do Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP e sediado no Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP), propõem um mecanismo para explicar como o ácido úrico causa lesões vasculares que podem levar a doenças cardiovasculares. O ácido úrico, um metabólito abundante no plasma humano, é propenso à oxidação em condições inflamatórias. A oxidação do ácido úrico está associada a doenças cardiovasculares, por induzir disfunção endotelial, estresse oxidativo e inflamação sistêmica e local. Os vasos sanguíneos são revestidos pelo endotélio, que tem funções complexas para a manutenção da homeostase vascular, como regulação do fluxo sanguíneo, da coagulação, da proliferação de células da parede vascular e de respostas inflamatórias e imunológicas. O endotélio expressa uma enzima chamada peroxidasina, que é essencial para a sobrevivência das células endote

Compostos bioativos, que reduzem o risco de doenças crônicas, ainda são pouco consumidos no Brasil

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  Agência FAPESP* – Uma pesquisa de doutorado conduzida na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) revelou que a ingestão de compostos bioativos pela população brasileira é muito baixa. Presentes em alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças, leguminosas e cereais, os compostos bioativos dos alimentos não são tão importantes para o organismo humano como os nutrientes essenciais, mas, com o consumo contínuo e em quantidades significativas, conferem vários benefícios à saúde por meio de suas ações antioxidante, anti-inflamatória, vasodilatadora e anticarcinogênica. Estudos epidemiológicos indicam que indivíduos que consomem mais compostos bioativos têm menor risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, doenças neurodegenerativas, degeneração macular relacionada à idade e alguns tipos de câncer. A pesquisa da FCF-USP foi conduzida pela nutricionista Renata Alves Carnauba, que utilizou a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF

Mecanismo celular que torna leishmaniose mais grave é desvendado

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  Luciana Constantino | Agência FAPESP  – Pesquisadores conseguiram desvendar “as armas” usadas pelo protozoário Leishmania na célula humana para tornar mais grave a leishmaniose, principalmente a do tipo mucocutânea, que pode causar deformações nos pacientes. A descoberta aponta caminhos para a busca de novas abordagens terapêuticas contra a doença e também joga luz sobre um sistema que pode ter impacto no combate a outras enfermidades. Esse mecanismo envolve Leishmania, macrófago (uma das primeiras células de defesa a entrar em ação durante uma infecção) e um vírus que vive dentro do parasita (endossimbiótico), conhecido como LRV. Estudo publicado na revista científica iScience aponta que o protozoário inibe a ativação de caspase-11, uma proteína que faz parte do sistema de defesa das células de mamíferos (inclusive a humana), por meio de autofagia estimulada pelo vírus. Ou seja, o LRV impede que a proteína "defensora" atue para bloquear o agravamento da doença. Infecciosa

Maioria dos pacientes que sobrevivem à forma grave da COVID-19 apresenta sintomas prolongados da doença

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  Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – A maioria dos pacientes que sobrevivem à forma grave da COVID-19 tende a apresentar sintomas prolongados ou sequelas da doença, condição que tem sido chamada de COVID longa ou subaguda. É o que apontam dados preliminares de estudos que estão monitorando fatores como saúde mental, qualidade de vida, reabilitação física, financeira e cognitiva dessas pessoas. “Há mais de um ano sofremos as consequências da pandemia de COVID-19 e, com o tempo, fomos percebendo que, para além de problemas relacionados à transmissão, infecção e mortes, a COVID-19 pode trazer também consequências de longo prazo para pacientes. Como essas implicações ainda não estão completamente entendidas pelos cientistas, é muito importante estimular a troca de conhecimento e de experiências entre pesquisadores de todo o mundo", disse Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP, na abertura do seminário on-line “Long and post-acute COVID-19”, realizado no início de junh

Estudo revela por que pacientes com Parkinson têm dificuldade para ultrapassar obstáculos ao caminhar

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Karina Ninni | Agência FAPESP – Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru mensurou em pacientes com doença de Parkinson a sinergia do comprimento do passo durante a travessia de obstáculos e concluiu que ela é 53% menor do que em pessoas saudáveis da mesma idade e peso. O termo sinergia, neste caso, se refere à capacidade do sistema locomotor de adaptar o movimento – combinando fatores como velocidade e posicionamento do pé, por exemplo – quando é preciso cruzar um obstáculo, como desviar de um buraco ou subir a guia da calçada. Melhorar a capacidade sinérgica em pacientes com Parkinson durante o ato de caminhar pode fazer grande diferença na qualidade de vida dessas pessoas, pois elas tendem a cair até três vezes mais, em média, do que indivíduos saudáveis com a mesma idade. Segundo os pesquisadores, o comprimento do passo é uma das principais variáveis afetadas pela doença. “Há pacientes no nosso grupo de exercício que chegam a cair três, quatro vez

Atividade física reduz risco cardiovascular em pacientes com doenças reumáticas

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  Karina Toledo | Agência FAPESP – Quando comparados à população em geral, os indivíduos acometidos por doenças reumáticas autoimunes apresentam risco aumentado de desenvolver aterosclerose, ou seja, de acumular placas formadas por gordura e outras substâncias no interior dos vasos sanguíneos, que obstruem a circulação. Consequentemente, esses pacientes são mais propensos a sofrer infarto e outros distúrbios cardiovasculares. A boa notícia é que, de acordo com um novo estudo publicado na revista Rheumatology, a prática regular de atividade física é uma arma poderosa para combater a disfunção vascular nesses pacientes. No artigo, pesquisadores brasileiros e britânicos descreveram os resultados de uma revisão sistemática da literatura científica sobre o tema. O trabalho, que contou com apoio da FAPESP, envolveu dez estudos e 355 voluntários com diferentes enfermidades, entre elas artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e espondiloartrite, doença que afeta a coluna vertebral. Esse

Morosidade da vacinação pode comprometer a eficácia da campanha na redução das mortes por COVID-19

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  Karina Toledo | Agência FAPESP – Dois estudos recentemente divulgados na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares, evidenciam como a morosidade da vacinação contra a COVID-19 no Brasil pode comprometer a eficiência da campanha em termos da redução do número de mortes pela doença no atual pico epidêmico. Em um dos artigos, cujo autor principal é o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) Eduardo Massad, estima-se que cerca de 127 mil vidas seriam poupadas até o fim de 2021 se o Brasil tivesse começado em 21 de janeiro a vacinar em massa – algo em torno de 2 milhões de doses aplicadas ao dia. A média atual tem sido de 200 mil pessoas imunizadas diariamente, ou seja, 10% do considerado ideal pelos pesquisadores com base no potencial demonstrado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em campanhas anteriores. Se os esforços de imunização tivessem ganhado corpo um mês depois, em 21 de fevereiro, o número de mortes evitadas cairia para 86,4 mil até o final

Diabulimia: conheça o transtorno alimentar que atinge pessoas com diabetes

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Samantha Cerquetani Colaboração para o VivaBem 22/02/2021 04h00 Imagine ter diabetes do tipo 1 e reduzir ou deixar de tomar insulina de forma proposital para conseguir emagrecer? É o que acontece com pessoas que sofrem de diabulimia, um transtorno que combina a doença com a bulimia. Nesses casos, ocorrem práticas purgativas como vômitos, uso de laxantes e diuréticos, mas a diabulimia também pode estar associada a outros transtornos alimentares como a anorexia nervosa, quando a pessoa passa a restringir a sua alimentação. Ambas as combinações são bastantes perigosas, já que as pessoas com diabetes tipo 1 necessitam de insulina diariamente para manter os níveis de açúcar no sangue adequados e evitar as complicações graves da doença crônica Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/02/22/diabulimia-conheca-o-transtorno-alimentar-que-atinge-pessoas-com-diabetes.htm?cmpid=copiaecola Fonte: UOL/VivaBem Imagem: Google

Estudos utilizam a matemática para desvendar a semântica dos sonhos durante a pandemia

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  Luciana Constantino | Agência FAPESP – A pandemia da COVID-19 tem causado impacto no comportamento do brasileiro. Sentimentos como medo, apreensão, tristeza e ansiedade são parte do cotidiano de muitas famílias desde que os primeiros casos da doença começaram a ser registrados oficialmente no país, em fevereiro do ano passado. Toda essa preocupação tem se refletido nos sonhos, que exprimem uma carga maior de sofrimento mental, temor de contaminação e até mesmo repercussões do isolamento social e da falta de contato físico com outras pessoas. Além disso, os sonhos neste período apresentaram maior proporção de termos ligados a "limpeza" e "contaminação" e de palavras relacionadas a "raiva" e "tristeza". A neurocientista Natália Bezerra Mota, pós-doutoranda no Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), lidera pesquisa que busca medir o impacto da pandemia por meio de estudo dos sonhos. O trabalho foi publicado na r

Atividade física combate hipertensão e aumenta resistência ao esforço em transplantados cardíacos

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André Julião | Agência FAPESP – A hipertensão arterial é muito comum entre pacientes que passaram por um transplante de coração, ocorrendo em até 95% dos casos após os primeiros cinco anos de cirurgia. De acordo com um estudo conduzido na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e na Universidade de São Paulo (USP), a prática regular de exercícios físicos pode ser uma forma de amenizar o problema. O estudo, apoiado pela FAPESP e publicado no European Journal of Preventive Cardiology, mostrou que a atividade física não apenas reduz a pressão arterial como aumenta a capacidade cardiorrespiratória de pessoas transplantadas. A melhora foi ainda mais significativa em pessoas com evidências de reinervação do músculo cardíaco, ou seja, aquelas cujos nervos voltaram a crescer em volta do novo órgão transplantado. “Durante a cirurgia, os nervos que fazem o controle dos batimentos cardíacos são cortados para a retirada do coração doente. Há indivíduos que apresentam boa reinervação do