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Mostrando postagens com o rótulo Poesia

Uni-verso

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O uni-verso, não é único Há di-versos Uns encatadores Outros, enquanto há dores... Poema: Oscar de Jesus Klemz Foto: Mari Martins

Memória

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Na minha memória tão congestionada e no meu coração tão cheio e de marcas e poços você ocupa um dos lugares mais bonitos. Texto: Caio Fernando Abreu Foto: Mari Martins

Pessoa para os íntimos

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O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente... Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse P'ra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar... Poema: Fernando Pessoa Foto: Mari Martins

Poemeto de amor ao próximo

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Vídeo do YouTube Elisa Lucinda - Poemeto de amor ao próximo

Bráulio Bessa

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Vídeo do YouTube Bráulio Bessa - Nunca é tarde

Com a taça na mão, interrogo a lua

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A lua está no céu sombrio. Quando chegou? Pouso a minha taça, para fazer-lhe essa pergunta. Os que querem apanhar a lua não o podem conseguir. No entanto, no seu curso, a lua acompanha os homens. É deslumbrante como um espelho voador, diante do Pavilhão vermelho. As brumas azuis se extinguem e desaparecem e seu puro esplendor cintila. Vêmo-la somente à noite subir do mar e perder-se nas nuvens. Os homens de hoje não vêem mais a lua de outrora. A lua de hoje iluminava os homens do passado. Os homens do passado, homens de hoje - torrente que flui - todos contemplam a lua, que a todos parece a mesma. Tudo o que desejo é que, à hora de cantar e beber, o luar se reflita sempre no fundo da taça de ouro. Li Po (poeta chinês 701-762) – traduzido por Cecília Meireles Foto by Mari Martins - Observatório Astronômico Maya

Enxergar o que é realmente importante!

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"Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes". Carlos Drummond de Andrade

Mensagem à poesia

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Vídeo do YouTube Vinícius de Moraes - Mensagem à poesia

Rumi

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Vídeo do YouTube Rumi - interpretação de Letícia Sabatella

Rumi

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Vídeo do YouTube Rumi - Poesia Sufi Rumi

Cabeça de vento

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Minha cabeça Pensante De vento Quebra mar Dói Dentro do peito Fotopoema: Mari Martins

O que virá?

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As pessoas, acham  que "temem" a  infelicidade, mas, no fundo, elas "temem" a  felicidade. Fotopoema: Mari Martins

Medo e coragem

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Vídeo do YouTube Bráulio Bessa - Medo e Coragem

Ode triunfal

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(...) Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!  Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!  Em fúria fora e dentro de mim,  Por todos os meus nervos dissecados fora,  Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!  Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,  De vos ouvir demasiadamente de perto,  E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso  De expressão de todas as minhas sensações,  Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas! (...)  Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!  Ser completo como uma máquina!  Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!  Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,  Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento  A todos os perfumes de óleos e calores e carvões  Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!   *Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa. Fonte: Revista Ser Médico nº 86

Minha pátria em três lamentos

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I – VIA DOLOROSA Abro este poema com cuidado. É delicado e afiado como a própria vida. Nossa Bandeira sangra. Inchada pálida febril nossa democracia na UTI dos insensatos. Que ferramentas desumanas danificaram a Carta Magna? A tirania dos cifrões? A insolência das proles de luxo – ignorâncias incuráveis criadoras de sultões? Ai Brasil, que vergonha! Triste horizonte, este! A solidão tornou-se constitucional os ossos dos punhos mais livres que os sonhos. Provincianos, ressentidos somos bem os donos das cenas mais patéticas de uma sociedade de equívocos. Insones, criamos forças utópicas esquecendo a semiótica do drama. Nem Marx resistiria. Nietzsche, definitivamente não reencarnou por aqui. II- VIA DOLOROSA Ando com ares de rainha exilada. Tenho rodopiado nas persianas da janela . Observo aranhas marrons no vaso sobre a mesa da Terra. Lembrei das imagens recentes em todas as capitais. Me dirigi à janela

Água-Viva

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Visível, invisível, … um encanto flutuante uma ametista âmbar-viva …. a habita, teu braço se aproxima e ela abre … e fecha; o pensamento de agarrá-la e ela estremece; … abandonas teu intento. Poema: Marianne Moore Foto: Mari Martins

Lira Itabirana

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Mundos infinitos

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Vídeo do YouTube Rumi - Mundos infinitos na voz de Letícia Sabatella

Mulher proletária

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Mulher proletária — única fábrica que o operário tem, (fabrica filhos) tu na tua superprodução de máquina humana forneces anjos para o Senhor Jesus, forneces braços para o senhor burguês. Mulher proletária, o operário, teu proprietário há de ver, há de ver: a tua produção, a tua superprodução, ao contrário das máquinas burguesas salvar o teu proprietário. Poema: Jorge de Lima Foto: Mari Martins

No fundo, no fundo

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No fundo, no fundo, bem lá no fundo, a gente gostaria de ver nossos problemas resolvidos por decreto a partir desta data, aquela mágoa sem remédio é considerada nula e sobre ela — silêncio perpétuo extinto por lei todo o remorso, maldito seja quem olhar pra trás, lá pra trás não há nada, e nada mais mas problemas não se resolvem, problemas têm família grande, e aos domingos saem todos a passear o problema, sua senhora e outros pequenos probleminhas. Poema: Paulo Leminski Foto: Mari Martins