O legado do Projeto Genoma FAPESP alcança todas as áreas das ciências da vida, avaliam cientistas
Karina Toledo | Agência FAPESP – “Tudo começou em 1997. Eu disse ao Fernando Reinach que nós precisávamos fazer algo grande na área de biotecnologia. Em pleno feriado de 1º de maio ele veio com a ideia: sequenciar o genoma de um organismo de relevância agrícola. Fiquei fascinado”, lembrou José Fernando Perez, que ocupava o cargo de diretor científico quando teve início o Projeto Genoma FAPESP. O sequenciamento da bactéria Xylella fastidiosa, responsável pela clorose variegada dos citros, doença também conhecida como amarelinho, resultou num artigo assinado por 119 pesquisadores paulistas, que foi capa da edição 406 da Nature de 13 de julho de 2000 e mereceu da revista um editorial: “Como primeira sequência pública de um patógeno de planta de vida livre, o artigo representa um marco científico significativo”, escreveram os editores. Foi uma “iniciativa ousada”, que transformou a ciência paulista, destacou o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, na abertura do Genome Workshop 20+2. O...