Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Há sonhos que, de tão vívidos, podem ser relatados como se fossem um roteiro cinematográfico: cheio de conexões, com começo, meio e fim. Outros, no entanto, se assemelham aos gifs do WhatsApp ou, no máximo, a um roteiro de vídeo curto, ao estilo da rede social chinesa TikTok. Embora possam ser impactantes e repletos de significados, apresentam estrutura muito mais simples que a descrição onírica do tipo “longa-metragem”. A analogia sobre as diferentes formas de relato de sonhos é da neurocientista Natalia Mota. A pesquisadora do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é uma das autoras do estudo publicado na PLOS One, que confirmou que os relatos de sonhos ocorridos durante o estágio de sono REM tendem a ser mais complexos e conectados que os do sono não REM. Vale lembrar que o sono é dividido basicamente em quatro estágios. Os dois primeiros (N1 e N2) ocorrem quando a pessoa está saindo do estado de vig...