Q uando o Zeluiz Franchini Ribeiro mudava de casa, o primeiro item da nova moradia era: uma padaria na esquina. Tendo uma padaria por perto, o resto era lucro. Tamanho, número de quartos e de vagas na garagem, silêncio, etc., era o de menos. O Zeluiz não conseguia viver sem uma padaria logo ali. Era ali, no balcão, que ele era mais ele. Aquelas conversas com o bêbado anônimo de cotovelo amassado. Zeluiz chegava ao cúmulo de classificar as padarias por coxinhas. Quando a padaria era ótima, era uma cinco coxinhas . Zeluiz subiu na vida, mas nunca abandonou uma boa padaria. Sem um balcão ele não vivia. Foi quando foi mandado, pela Globo, para uma convenção em Londres. Nem bem se instalou no hotel e já foi dar a volta, procurando a padaria. Primeira viagem ao exterior mal sabia ele que padaria, enquanto padaria, só mesmo no Brasil. Nem mesmo em Portugal, matriz de todas as nossas padarias, tinha padaria como no Brasil. Em Portugal temos a original pastelaria. Mas não é como