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Mostrando postagens de março, 2015

Patologista apresenta nova classificação para tumores de próstata

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Imagem histopatológica de um tumor de próstata de baixo grau Gleason 3 ( imagem: Stephania Bezerra ) Um novo sistema para classificar a agressividade dos tumores de próstata e orientar os médicos na escolha do tratamento foi apresentado na 18ª Jornada de Patologia promovida pelo A.C. Camargo Cancer Center no início de março. Desenvolvido pelo grupo do patologista Jonathan Epstein, na The Johns Hopkins University (Estados Unidos), o novo método – ainda sem nome oficial – poderá substituir o chamado Escore de Gleason, usado desde os anos 1960 e considerado em todo o mundo a principal ferramenta de avaliação do prognóstico de homens com tumores na próstata. “O sistema que propomos é mais simples, com graus que variam de 1 a 5. Sendo tumores de grau 1 os mais indolentes, que requerem apenas vigilância ativa. Os de grau 5 são os mais agressivos, que necessitam de tratamento imediato e radical, como prostatectomia ( retirada do órgão ) e radioterapia”, explicou Epstein à  Agência

Marcadores moleculares podem orientar terapia para câncer de pênis

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A proteína EGFR, marcada em marrom, é expressa em distintos níveis de intensidade nos casos de câncer de pênis ( imagens: Alice Muglia Thomaz da Silva Amancio ) Uma pesquisa realizada no A.C. Camargo Cancer Center encontrou marcadores moleculares que poderão ajudar a identificar portadores de câncer de pênis com maior risco de morrer e que poderiam se beneficiar da chamada terapia-alvo, feita com drogas capazes de inibir proteínas importantes para o crescimento do tumor. A investigação foi conduzida com  apoio da FAPESP  durante o doutorado de Alice Muglia Thomaz da Silva Amancio, sob orientação de Fernando Augusto Soares, diretor do Departamento de Anatomia Patológica do hospital. O trabalho foi realizado no âmbito do Projeto Temático “ O carcinoma de pênis: estudo de um problema brasileiro abordando da morfologia aos mecanismos moleculares ”, coordenado por José Vassallo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os resultados foram apresentados no dia 5 de março, d

O sujeito detestável

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O sujeito detestável O  sujeito detestável encostou seu enorme jipe de guerra, construído para desbravar dunas e abrir trilhas no mato, na traseira do meu carro e começou a buzinar. Não entendi o que ele queria. O sinal estava fechado. Ele começou a gritar que eu era uma “bicha velha”, e eu fiquei sem entender, porque, além de eu não ser bicha nem velha, adoro bichas e velhas e não entendi por que é que ele odeia bichas e velhas a ponto de achar que isso vai ofender alguém. Como o “bicha velha” não surtiu o efeito desejado, ele disse que eu estava cometendo uma falta de civilidade. “Do que você está falando?” Ele falou que o espaço que havia entre o meu carro e o carro da frente era enorme. Olhei para a frente. Três metros me separavam de um caminhão. Achei uma distância segura e razoável. O sujeito detestável berrou que a mãe dele estava doente, gritou que eu era uma “vedete” (sic) que me achava melhor do que os outros, mas eu não consegui entender qual era a relação disso

O afro contemporâneo nas artes cênicas

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O Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo, sedia entre 31 de março e 2 de abril o colóquio internacional “O afro contemporâneo nas artes cênicas – perspectivas teóricas poéticas e pedagógicas”. O colóquio tem como objetivo pensar a cultura afrodiaspórica nas artes cênicas e na educação e divulgar e confrontar relatos e análises surgidas de diferentes experiências históricas e países. Além disso, visa analisar e investigar poéticas para a dança, o teatro e a performance. Brenda Dixon Gottschild, professora emérita da Temple University, e Thomas DeFrantz, professor da Duke University, ambos dos Estados Unidos, estão entre os palestrantes. As mesas-redondas terão como temas “Pedagogia: fazeres e saberes em diálogo, desafios político-institucionais”, “Afrocentrismo, diáspora, políticas e identidades: estratégias para enegrecer a teoria” e “Performance Negra: Mediações entre a Cultura Tradicional e a Criação Cênica Contemporânea”. As inscriçõ

O Rio

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Sempre pensara em ir caminho do mar. Para os bichos e rios nascer já é caminhar. Eu não sei o que os rios têm de homem do mar; sei que se sente o mesmo e exigente chamar. Eu já nasci descendo a serra que se diz do Jacarará entre caraibeiras de que só sei por ouvir contar (pois, também como gente, não consigo me lembrar dessas primeiras léguas do meu caminhar.) (...)   João Cabral de Melo Neto   (“Melhores Poemas” - Global Editora) Foto by Mari Martins

Proteína analgésica do café

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Fragmentos de uma proteína (peptídeos) com ação similar à da morfina foram identificados no café por pesquisadores do Distrito Federal. A pesquisa foi feita por Felipe Vinecky durante o seu doutorado na Universidade de Brasília (UnB), sob a orientação do pesquisador Carlos Bloch Júnior, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. O trabalho tinha como objetivo original procurar genes do café associados à melhoria da qualidade do produto, como parte de um projeto desenvolvido em parceria entre a Embrapa e o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad, na sigla em francês). Durante a análise do material genético, Vinecky e Bloch Júnior observaram que algumas sequências continham fragmentos internos funcionais – chamados de peptídeos encriptados – com estruturas semelhantes às de alguns opioides naturalmente presentes no corpo humano, como a encefalina, um neurotransmissor capaz de modular a dor. A partir de análogos sintéticos, os pe

Arquitetura do saber

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Escolas Reunidas de Dois Córregos, em Piracicaba, 1924  ( foto: Coleção Washington Luís / Acervo MRCI/MP/USP ) Criados no início da República, os antigos grupos escolares ocupavam casarões ou prédios monumentais, muitas vezes cercados por jardins amplos, com salas de aulas grandes, janelas altas e largas, pátios imensos. Correspondentes ao antigo primário e às atuais cinco primeiras séries do ensino fundamental, eram o símbolo da escola pública de qualidade. Sua arquitetura e modo de funcionamento expressavam os ideais dos homens que haviam derrubado a monarquia e queriam um país moderno. “Os grupos eram a materialização do projeto republicano de educação”, sintetizou  Maria Aparecida de Menezes Borrego , historiadora do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP). Eram tão importantes que, diz ela, “no departamento de obras do estado havia uma área especializada na construção de escolas, dirigida por Ramos de Azevedo e outros grandes nomes da arquitetura da época

Explicación, de Pablo Neruda, no livro Barcarola (1967)

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Para este país, para estos cântaros de greda: para este periódico sucio que vuela con el viento en la playa: para estas tierras quebradas que esperan un rio de invierno: quiero pedir algo y no sé a quién pedirlo. Para nuestras ciudades pestilentes y encarnizadas, donde hay sin embargo escuelas con campanas y cines llenos de sueños, y para los pescadores y las pescadoras de los archipiélagos del Sur (donde hace tanto frío y dura tanto el año) quiero pedir algo ahora, y no se qué pedir. Ya se sabe que los volcanes errantes de las edades anteriores se juntaron aquí como carpas de circo y se quedaron inmóviles en el território: los que aquí hemos nacido nos acostumbramos al fuego que ilumina la nieve como uma cabellera. Pero luego la tierra se convierte em caballo que se sacude como si se quemara vivo y caemos rodando del planeta a la muerte. Quiero pedir que no se mueva la tierra. Somos tan pocos los que aquí nacimos. Somos tan pocos los que padecemos (y menos aún los dich

Estudo pode ajudar a prevenir e tratar sepse "infecção generalizada" em diabéticos

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Uma nova estratégia com potencial para tratar sepse em portadores de diabetes do tipo 1 foi proposta por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em  artigo publicado  na revista  Science Signaling . Em experimentos com camundongos diabéticos, o grupo do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP) conseguiu reduzir em 40% a mortalidade por sepse ao tratar os animais com uma substância capaz de inibir a síntese de um mediador inflamatório conhecido como leucotrieno B 4  (LTB 4 ). Drogas semelhantes já são usadas no combate à asma e outras doenças alérgicas. “Nosso trabalho mostrou que os camundongos com diabetes tipo 1 apresentam uma inflamação estéril [ sem um foco infeccioso ] dependente desse mediador LTB4. Essa inflamação de base aumenta a suscetibilidade à sepse”, explicou Luciano Filgueiras, autor principal do artigo. Os experimentos foram conduzidos com  apoio  da FAPESP durante o doutorado de Filgueiras – parte no Laboratório de Imunofarmacologia do ICB-USP e

Brasileiras receberão prêmio internacional para mulheres cientistas

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Duas pesquisadoras brasileiras tiveram seus trabalhos reconhecidos pela 17ª edição da premiação internacional Para Mulheres na Ciência, iniciativa da multinacional francesa de cosméticos L’Oréal em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Thaisa Storchi Bergmann, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi escolhida por suas pesquisas sobre buracos negros; já Carolina Horta Andrade, da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG), pelas suas contribuições no desenvolvimento de um medicamento multifunção contra a leishmaniose. Bergmann é a única latino-americana entre as cinco pesquisadoras premiadas na categoria principal. Elas foram selecionadas em cinco regiões do mundo por um júri independente formado por 12 cientistas internacionais proeminentes, escolhidos por Ahmed Zewail, ganhador do Nobel de Química em 1999. Entre os membros do júri internacional está a brasilei

Programa sobre ciência estreará na TV no sábado

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A TV Cultura estreia no dia 7 de março um novo programa que apresentará os bastidores da produção científica paulista em diversas áreas do conhecimento. O SP Pesquisa é resultado de um termo de cooperação assinado entre a FAPESP e a Fundação Padre Anchieta, responsável pela TV Cultura. A produção leva ao ar o trabalho de pesquisadores que atuam em instituições paulistas e apresenta relações entre as pesquisas e o cotidiano da população, esclarecendo, de forma simplificada e com recursos visuais, conceitos relacionados às áreas abordadas. Foram produzidos 26 programas, cada um com 28 minutos de duração. Eles serão exibidos na TV Cultura, aos sábados, e na Univesp TV, aos domingos e às quintas-feiras. A Univesp TV, canal digital aberto 2.2, integra a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Para assistir ao canal, que faz parte da multiprogramação digital da TV Cultura, é necessário televisor equipado com conversor digital. Para Celso Lafer, presidente da FAPESP,